segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fan Fic - Marcela e Marina (Amor e Revolução)

Como existe em PDF e na comunidade Marcela & Marina, vou também postar por aqui. Agora estarei atualizando por aqui, para quem não possui Orkut. Espero que gostem! Para aqueles que ainda não conhecem, essa é uma Fanfic (história fictícia baseada em uma história já existente, no caso, a história de Marcela e Marina, da novela "Amor e Revolução") sobre Marcela e Marina, uma ideia de tornar a história um pouco mais com a nossa cara... Bem, creio eu, né? Mas não sei vocês... De qualquer forma, espero que gostem! :)

• Apresentação •


Dra. Marcela - Luciana Vendramini



Marina - Giselle Tigre


Marta - Dani Moreno


Thiago Paixão - Mário Cardoso

Lúcia Paixão - Fátima Freire





Bete - Natália Vidal



Luís - Élcio Monteze


P.S.: O texto original da novela pertence ao autor Tiago Santiago. Esta é apenas uma obra fictícia baseada na obra de Santiago, escrita para a novela "Amor e Revolução", do SBT.

• Resumo •
A história se passa em 1964/65, durante a ditadura militar. Marina é a dona do Jornal "O Brasileiro", e Marcela é uma advogada conceituada, amiga de Marina, e trabalha no jornal. Thiago (Mário Cardoso) é casado há mais de 20 anos com Lúcia (Fátima Freire), e vive uma vida pacata, porém, sofre por causa da filha Maria (Graziella Schmitt), que é engajada na luta pelas causas revolucionárias e comunistas e sofre perseguição do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), além de seu filho João que trabalha no teatro e é simpatizante da causa. Thiago é um homem íntegro e honrado e acaba se interessando por Marina, que corresponde ao seu interesse, porém, os dois não podem realizar o romance pois Thiago não quer trair a esposa. Marcela confessa à Marina que é apaixonada por ela e as duas acabam se beijando (o primeiro beijo homossexual em uma telenovela no Brasil), porém, Marcela não consegue nada além disso e Marina acaba se relacionando com Mário, um jornalista e colega de trabalho, para tentar esquecer Thiago e não cair em tentação com Marcela. Porém, o relacionamento não dá certo e Marina confessa à Thiago que ainda o ama. Os dois se beijam e ela diz a ele que pode ser sua amante, enquanto Marcela sofre pelo seu amor não correspondido. Marta (Dani Moreno) é uma estudante universitária e é apaixonada pela sua amiga Bete, que é apaixonada por Luís, que é apaixonado por Marta. Luís trabalha no jornal de Marina.

• Fanfic "Marcela e Marina" •

Marina está pensativa, após ter beijado Thiago Paixão pela segunda vez. Thiago, por sua vez, que aceitou ter um caso com a jornalista, pretende dar um passo adiante na relação dos dois, porém, sua esposa, Lúcia, começa a desconfiar do romance dos dois.

- Marina... Estive pensando em você a noite inteira... Confesso que gostaria de lhe ter em meus braços, com mais intimidade... – Diz o jornalista, apreensivo e sem jeito, como de costume.

- Thiago... Eu também quero muito fazer amor com você... Não precisa ficar desse jeito, não estamos cometendo nenhum crime... Você me ama e eu lhe amo... Você não quer magoar a sua esposa, eu entendo. – Diz Marina, tentando acalmar Thiago.

Marcela entra na sala, interrompendo os dois.

- Desculpa, não queria lhes incomodar, mas precisava falar algo à Marina. – Diz a advogada, sem jeito e enciumada, notoriamente.

Thiago ri timidamente, desconcertado, lembrando que Marina havia lhe revelado sobre o amor que Marcela sentia por ela. Prefere, no entanto, retirar-se, deixando-as sozinhas para conversarem.

- Marina, eu não queria atrapalhar... Sabe... Eu te amo tanto que fico até um pouco feliz por você ter conseguido ter um pouco de amor da pessoa que você ama. Imagino como deve ser essa sensação. Aliás, só fico imaginando, há tanto tempo... – Diz Marcela, com o olhar triste.

Marina a interrompe e diz à amiga que não queria que ela sofresse por ela, e pede desculpas por não ter tido tanto cuidado para poupá-la dessas situações desconfortáveis, e que queria que a amiga fosse feliz, porém, não poderia dar a ela o que ela tanto almeijava...

- Não fala mais nada, Marina... Você não me deve nada... Eu queria lhe dizer que desisto... Não vou mais lhe incomodar com esses assuntos... Você merece ser feliz da forma que acha correta, e eu também... – Interrompe Marcela, chegando mais perto de Marina e tocando seu rosto levemente, enquanto a jornalista permanece sentada em sua poltrona.

Marcela sai da sala triste e Marina permanece sem dizer uma palavra, apenas pensativa. Quando está finalmente sozinha, pensa nos conflitos que atordoam sua mente e diz a si mesma: “se você soubesse que eu também sinto algo por você, Marcela... só ainda não entendo direito o que é isso, exatamente...”.



No dia seguinte...

Na universidade...

Bete comenta com Marta que está esquecendo Luís pois começara a se interessar por Fábio, um aluno que sempre lhe ajudava com os seus trabalhos, atencioso, charmoso e romântico, e que demonstrava interesse nela. Marta fica chateada e diz à amiga que ela não consegue enxergar o que está em sua frente, ou que finge não enxergar por achar mais cômodo... Bete fica sem entender absolutamente nada.

Enquanto isso, Luís chega à faculdade e as cumprimenta, aproveitando para elogiar Marta, dizendo a ela que está mais bonita que de costume... Marta sorri sem muita paciência e Bete se mostra enciumada.

- Martinha, tenho uma novidade que acho que você vai gostar muito! – Diz o jovem à amada.

- O que foi, Luís? – Diz Marta, sem muito interesse.

- Mostrei à Marina, a dona do jornal em que eu trabalho, um texto seu e ela me disse que adoraria que você estagiasse por lá... Seria só temporário, mas acho que você ganharia muita experiência e ainda teria algum lucro... O que você acha? – Diz Luís, entusiasmado.

- Nossa, Luís, que legal! Nem acredito... Sério mesmo? Quando poderei ir até o jornal? – Pergunta Marta, sorridente.

- Amanhã mesmo... – Continua Luís, feliz pela amiga e com resquícios de paixão.

Enquanto isso...

- Marina, eu precisava falar com você... Há a possibilidade de nós sairmos um pouco mais cedo hoje? Encontrei um lugar... Bem... Que me parece aconchegante... É muito bonito... Poderíamos... – Diz Thiago, atrapalhado, atropelando as palavras.

- Thiago... Eu adoraria ir a qualquer lugar com você... Mas para ninguém desconfiar de nós dois, acho melhor não saírmos juntos... Você vai antes e depois de um tempo, eu irei, você me dá o endereço e eu lhe encontrarei lá... – Interrompe Marina.

- Tudo bem. Tudo bem, como você achar melhor... Mas me diga uma coisa, essa preocupação toda é para que a Lúcia não saiba ou para que a Marcela não saiba? – Indaga Thiago.

Marina fica pensativa e Marcela os interrompe.

- Marina, só vim lhe entregar este relatório... – Diz Marcela, tentando disfarçar sua tristeza nessa situação, falando sobre o trabalho, enquanto Marina olha para a amiga com um certo desconforto.

* * * * *

Thiago sai da sala, dizendo que precisa telefonar à Lúcia para saber como está a situação de Jandira. As duas continuam a falar de trabalho e Marina interrompe Marcela, perguntando como ela está, no que ela lhe responde que está tentando ficar bem, sentindo-se mais conformada, mas que não queria mais falar sobre isso pois havia lhe prometido que não a incomodaria mais com esses assuntos.

- Marcela, você é minha amiga, acima de tudo, eu sempre lhe digo isso... Você pode desabafar comigo sempre que quiser e sobre qualquer coisa; nunca seria um incômodo ouvir você falar sobre os seus sentimentos... Eu me preocupo com você. – Diz Marina, tentando consolar a amiga.

Marcela sorri timidamente e pede um abraço à Marina. As duas se abraçam carinhosamente. Marina toca os cabelos de Marcela e sente um perfume delicado, fecha os olhos e suspira fundo, porém, Marcela não percebe e continua abraçando a amada.

Mais tarde...

Marina está sozinha em sua sala, pensativa e ansiosa para a primeira noite de amor que terá com Thiago Paixão, porém, se sente esquisita e não entende exatamente o porquê. Como fora combinado, vai à sala do jornalista avisá-lo que ele está dispensado por hoje. Marcela olha para Marina, que tenta desviar o olhar, mostrando-se profissional diante dos colegas de trabalho, para que ninguém desconfie, inclusive Marcela.
Um tempo depois, Marina pede à Ivone que feche o jornal para ela, no que Marcela se preocupa e vai até a sala de Marina, perguntar à amada se está tudo bem. Marina diz que sim, mas que precisa resolver algo e está com muita pressa.

Novamente tentando desviar o olhar, Marina sai às pressas do jornal e Marcela não entende muito a sua atitude, mas volta ao trabalho, com o olhar apreensivo.

Chegando ao motel, Marina encontra Thiago, apreensivo e ansioso. Os dois sobem ao quarto e se beijam. Enquanto fazem amor, Marina se sente um pouco esquisita, e não entende o porquê de se sentir assim, já que almejava tanto esse momento, há tanto tempo. Ao mesmo tempo, Thiago está inquieto por lembrar do mal que faria à Lúcia se descobrisse a sua traição. Marina lembra rapidamente do beijo que ocorreu entre ela e Marcela, e de como seus lábios eram delicados, sente-se desconfortável com o pensamento e tenta se concentrar no momento com Thiago.

No outro dia...

Luís apresenta Marta à Marina, que lhe elogia pelo belo trabalho que a jovem estudante havia escrito. Marta agradece pelo elogio e pela oportunidade, e diz que se sente lisonjeada. Marina sorri e diz ao Luís para que apresente Marta aos outros colegas de trabalho e lhe mostre a mesa onde irá ficar.

Luís apresenta Marta a todos e, por último, à Marcela, e diz que ela ficará na mesa ao lado e ajudará Marcela sendo sua assistente, além do trabalho que lhe foi proposto. Marcela sorri e diz à jovem universitária que ela é muito bem-vinda e que as duas formarão uma bela equipe, e brinca que estava precisando mesmo de uma assistente. Marta sorri sem jeito, encantada pela beleza de Marcela.

Thiago está apreensivo. Marcela percebe e vai até ele perguntar se está tudo bem. Ele confessa a ela que não sabe o que fazer em relação à Marina, pois sente uma atração muito forte por ela mas não consegue se sentir totalmente à vontade pelo peso na consciência, e que não pode se separar de Lúcia. Marcela fica sem graça e o jornalista percebe. Ele pede desculpas a ela por estar lhe contando esse tipo de coisa, e ela diz que não há problema pois ela é amiga de Marina e pode auxiliá-lo. Ele sorri com um olhar desconfiado e Marcela volta à sua mesa.

* * * * *

Marcela vai até a sala de Marina, que confessa à amiga que ontem havia saído às pressas para se encontrar com Thiago.

- Fico feliz por você, Marina, de verdade.... Só não quero que você sofra, minha querida... Muito cuidado no terreno onde está pisando... – Alerta Marcela.

- Eu sei, minha amiga, eu sei... O pior é que... Bem, eu não sei o que está acontecendo comigo, mas, apesar de ter dado tudo relativamente certo, senti-me estranha... – Confessa Marina.

- Estranha? Como assim? Você almejou tanto isso... Será que não foi o sentimento de culpa? – Pergunta Marcela.

- Pior que não, minha amiga... Ou era... Não sei... Parece que estou desgostando... É... Não sei. – Diz Marina, com um olhar confuso.

- Desgostando? De homens ou do Thiago? – Brinca Marcela.

- Lá vem você... Não é isso! Não tem nada a ver... Talvez seja mesmo o sentimento de culpa. É isso! – Diz Marina, um pouco irritada com a desconfiança de Marcela.

Marcela sorri.

- Você é ainda mais linda quando está assim, nervosa... sabia? Mas não se preocupe, eu só estava brincando; não precisa ficar me afirmando a toda hora a sua heterossexualidade... – Diz Marcela, sorrindo.

Marina se desarma e sorri também, dizendo à advogada que a adora, mas que precisam voltar ao trabalho, e pergunta a ela como está sendo o primeiro dia de trabalho com uma assistente... 

Marcela sorri e diz que Marta se mostra esforçada e inteligente.

Dois meses depois, após Thiago ter confessado à Lúcia que havia lhe traído e agora estar morando na casa de Marina...

Na universidade...

Marta, Bete, Fábio, Luís, Heloísa e Bartolomeu, estão decidindo sobre qual filme irão assistir no cinema.

- Mas esse é muito violento... Não. Já basta de violência na nossa vida, com essa ditadura... Nada de violência, gente, por favor! – Diz Bete.

- O que você gostaria de assistir, Bete? Um filme de amor? – Diz Marta, com um olhar apaixonado.
- Ah... Vocês, mulheres, só gostam desse tipo de filme, cheio de açúcar... Ah, não! – Diz Fábio, atual namorado de Bete.

- Ahhh, amor... Até parece que você não é romântico. Quer se fazer de machão para os meninos, é? – Diz Bete, rindo de Fábio, beijando-o e lhe abraçando, enquanto Marta sente-se desconfortável com a situação e diz que precisa ir ao Jornal. Luís diz que vai acompanhá-la, já que também precisa ir ao trabalho.

No caminho, Luís pergunta à Marta o porquê dela não dar uma chance a ele, já que essa pessoa que ela gosta não dá a mínima a ela. Marta se irrita e diz que vai sozinha.

- Calma, Marta... Não está mais aqui quem falou! Eu hein! Só acho um desperdício você se isolar por alguém que não lhe merece. – Diz Luís, apaixonado.

- Vamos mudar de assunto, por favor? Como estão as coisas no jornal? Será que a D. Marina não ficou chateada por eu ter faltado na sexta? Você explicou o porquê eu faltei, que fiquei doente?

- Não se preocupe com isso, tá tudo certo. A D. Marina está preocupada com outras coisas, pelo visto...

- Com o quê? O que houve no jornal? Mais uma ameaça? – Diz Martinha, preocupada.

- Não... Olha, eu não quero fazer fofoca, mas o clima às vezes fica meio estranho... Acho que tem algo a ver com o Sr. Thiago e a Dra. Marcela... Eu sou muito observador, e a Dra. Marcela parece ter um interesse maior na D. Marina... – Diz Luís, sorrindo.

- Nossa, Luís. Que você era persistente, eu já sabia, mas fofoqueiro, essa é nova pra mim... Que coisa feia ficar prestando atenção na vida dos outros! Não vejo nenhum problema em uma mulher se apaixonar por outra... Afinal, o amor é livre! – Diz Martinha.

- Eu hein... Dessa moda eu quero distância. – Diz Luís, rindo, enquanto Marta o olha com reprovação pela sua atitude.

******

Já no jornal...

Marcela, não sei mais o que fazer para convencer o Thiago a fazer as coisas comigo! Ele só quer ficar em casa, lendo o jornal, assistindo à televisão e, pior, às vezes quando eu faço alguns carinhos nele, dando a entender que quero fazer amor, ele diz que está muito cansado e precisa dormir. – Reclama Marina.

- Marina, minha querida... Até quando você vai se frustrar com esses homens que lhe rodeiam e se deixar ser feliz comigo? – Diz Marcela, acariciando o rosto de Marina.

- Para com isso, Marcela... Não me deixa mais confusa do que eu já estou, por favor... – Diz Marina, tirando as mãos do rosto dela e as segurando com força, com um olhar confuso.

- Isso tudo é medo, Marina? Do que você tem medo?

- Marcela... – Diz Marina, com tom de súplica.

- Tudo bem, Marina, eu já lhe disse que lhe esperaria o tempo que fosse... E assim será. – Diz Marcela, com um olhar de tristeza. Marina a olha com um sorriso tímido, admirando-a.

******

Marta e Luís chegam à redação do jornal e cumprimentam seus colegas de trabalho. 

- Desculpa a demora, Dra. Marcela, e por ter faltado na sexta, o Luís explicou... – Diz Marta.

- Deixa disso, menina. Não se preocupe com isso... Ah, queria lhe fazer um pedido... – Interrompe Marcela.
- Pode dizer. – Diz Marta.

- Me chame de Marcela, tudo bem? Nada de doutora... Já estamos há dois meses trabalhando juntas, não precisa dessa formalidade toda... – Diz Marcela, sorrindo.

- Tudo bem, desculpa douto.. (neste momento, Marcela a olha com reprovação) Marcela! Desculpa, Marcela! É o costume... – Diz Marta, sorrindo.

- Tudo bem, querida, sente-se aqui comigo que temos muito trabalho ainda! – Diz Marcela, sorrindo para Marta, enquanto ela retribui o olhar complacente.

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 Marta está escrevendo um artigo na redação do jornal e começa a pensar em Bete... Em seguida, lembra do que Luís havia lhe dito sobre Marcela, e pensa: “Será que é verdade o que o Luís disse? Será que ela tem algo com a dona do Jornal? Ela é tão bonita, inteligente, agradável, jamais imaginei que fosse... Ai Marta! Para de imaginar besteira... De amor impossível, já basta o que você tem pela Bete!”. Marcela interrompe seu pensamento, perguntando se o artigo já está pronto, e Marta responde que está quase terminando e a olha com carinho... Marcela estranha um pouco o olhar mas o retribui, sorrindo.

******

Uma semana depois...

Na redação do jornal...

Marcela está inquieta por causa de Marina.

Marcela, você quer alguma coisa? – Diz Marta, percebendo o incômodo de Marcela, mesmo sem ter certeza do porquê.

- Não, querida... Está tudo bem... São apenas algumas frustrações que andam me atormentando... Nossa, me desculpe falar essas coisas a você... – Diz Marcela, preocupada.

- Está tudo bem... Você pode contar comigo... Gosto do seu jeito... – Diz Marta, sorrindo para Marcela e segurando a sua mão, confortando-a.

- Obrigada, querida... Também gosto de você. Uma moça tão madura, mesmo com a pouca idade que tem... Sabe... Aproveite bem a vida, mas cuidado com os amores impossíveis, eles nos desgastam e nos transformam em pessoas amarguradas e infelizes... – Diz Marcela, olhando carinhosamente para Marta.

- Não importa a nossa idade... As frustrações estarão sempre acontecendo... E o porquê disso é simples: quando almejamos muito algo, criamos enormes expectativas em relação a isso... E quando vamos ver, não era nada disso, e aí nos frustramos... Temos aquela queda... Por isso temos que olhar para os lados, e ver que outras pessoas também podem proporcionar coisas boas... Não podemos nos prender a quem não nos valoriza... – Diz Martinha, olhando fixamente para Marcela, sorrindo.

- Nossa, menina! Você me surpreende cada vez mais, sabia? – Diz Marcela, sorrindo.

As duas se olham carinhosamente.

******

Marcela, Thiago e Marina estão discutindo sobre o Suplemento Cultural. Marcela começa a dar ideias à Marina, que a elogia enfaticamente. Thiago se incomoda com a atenção demasiada de Marina à Marcela.

- Acho que a Marcela realmente tem grandes ideias... Aliás, ela é brilhante, não é mesmo, Marina? – Diz Thiago, em tom de deboche, enquanto Marcela fica sem entender nada.

- Sim, a Marcela é uma excelente profissional, sim... – Diz Marina, com segurança.

- É... E muito atraente também, não é mesmo, Marina? – Diz Thiago, em tom de ironia.

- O que é isso, Thiago? Não estou entendendo aonde você quer chegar... – Diz Marcela, com olhar sério e inquisitivo, enquanto Marina olha com reprovação para Thiago, constrangida.

- Agora você se faz de desentendida, doutora Marcela? Eu sei que você gosta da Marina... E não é só como amiga, não... Ela me contou tudo, não precisa fingir. Mas ela está comigo e eu acho que você deve respeitar a sua amiga. – Diz Thiago, irônico, quase que irreconhecível.

- Basta Thiago! Eu não vou permitir que você fale assim com a minha amiga! – Diz Marina, muito nervosa, enquanto Marcela se mostra em estado de choque.

- Vocês me dão licença... – Diz Marcela, constrangida e triste, com os olhos marejados.

- Calma, Marcela! Espera... – Diz Marina, em vão, enquanto olha para Thiago, reprovando sua atitude.

******

Marta pergunta à Ivone qual dos artigos ela achava que passariam pela censura, e Ivone diz que é melhor ela perguntar à Marcela, que entende melhor do assunto, já que sua área é outra. Marta sai da sala à procura de Marcela e a encontra no banheiro da redação, chorando muito. Marcela surpreende-se ao ver Marta, e pede desculpas por estar assim.

- Não... Que isso... Fico preocupada com você, só isso... – Diz Marta, despreocupando Marcela.

- Posso te pedir uma coisa? – Diz Marcela, com um olhar triste.

- Claro! – Diz Marta.

- Me dá um abraço? – Diz Marcela, ainda chorando muito.

As duas se abraçam. Marta toca os cabelos de Marcela, em seguida, toca seu rosto. Marcela sorri.
- Desculpa me intrometer assim, longe de mim querer invadir a sua privacidade... Mas isso é por causa da dona Marina, não é? – Diz Marta, receosa.

- Não vamos falar disso, tudo bem? – Diz Marcela, com o olhar ainda triste, mas sorrindo.

- Olha, não estou lhe julgando, tá? Pelo contrário... Você é tão linda... Deveria olhar um pouco para os lados... – Diz Marta, acariciando o rosto de Marcela.

- Será? – Diz Marcela, olhando fixamente para Marta.

As duas aproximam os rostos e estão prestes a se beijar, quando Marina as interrompe, dizendo que estava procurando Marcela por toda a parte.

- Marcela, preciso sua opinião sobre dois artigos, depois você vai lá comigo? – Diz Marta, constrangida.
Marcela diz à Marta que vai voltar à sala com ela, e Marina diz para que ela fique pois precisam conversar em particular.

- Acho que já conversamos demais, Marina. Mas não se preocupe, não vou mais lhe incomodar... – Sai Marcela, às pressas, enquanto Marina tenta, em vão, fazê-la ficar, chamando-a de forma carinhosa e triste.

*******

Marcela e Marta voltam à sala em que trabalham e Marta mostra à Marcela os artigos que havia escrito. Enquanto Marcela lê o artigo, Marta a olha carinhosamente. Marina entra na sala pedindo à Marcela que a acompanhe até a sua sala.

- Estou ocupada, Marina, você não está vendo? – Diz Marcela, nervosa.

- Isso é jeito de falar com a sua chefe e, ainda por cima, sua amiga? – Diz Marina.

- Chefe você realmente é, mas amiga... Ah, você está longe disso! – Diz Marcela, com segurança.

- Marcela, por favor, venha até a minha sala! As pessoas vão começar a olhar! – Diz Marina, sussurrando.
Marcela olha para Marta, que retribui o olhar e diz à Marcela que ela deve ir, e para não se preocupar que depois elas resolveriam o assunto dos artigos. Marcela acompanha Marina até a sua sala, mesmo contra a sua vontade.

- O que é, Marina? – Diz Marcela, áspera.

- “O que é isso” digo eu, Marcela! Por que você está me tratando assim? O que eu lhe fiz? Quem falou aquilo foi o Thiago e não eu! Nós somos amigas, lembra?  – Diz Marina.

- Você é inacreditável mesmo, Marina... E não é em um bom sentido! Acredito que amigos guardam seus segredos e não saem por aí espalhando para o primeiro que aparece... O que é, hein, Marina? Isso tudo é pra alimentar o seu ego? Para que achem que todos se apaixonam por você? Até mesmo uma mulher? Isso tudo é fraca auto-estima, Marina? – Diz Marcela.

- Escuta aqui, Marcela, você não tem o direito de falar assim comigo! – Diz Marina, irritando-se com Marcela, segurando seu braço com um pouco de força, olhando-a nos olhos fixamente, enquanto Marcela a enfrenta, sem recuar.

- O que você vai fazer, Marina? – Diz Marcela, com tom agressivo, parecido com o de Marina.

- O que eu já deveria ter feito há muito tempo! – Diz Marina, enquanto puxa Marcela pelos cabelos e a beija eloquentemente. Marcela se assusta e, em seguida, corresponde ao seu beijo.

******

- Para Marina... – Diz Marcela, enquanto retira lentamente seus lábios dos de Marina.

- Por quê? Não foi o que você sempre quis, Marcela? – Diz Marina, tocando o rosto de Marcela carinhosamente.

- Você sabe que sim... Mas você está com o Thiago, e não é certo. Não quero pedaços de você... Não me contento com pouco que nem você, Marina. Quero você inteira (Marcela toca os lábios de Marina delicadamente, neste momento)... ou nada, e eu sei que você vai continuar com esse joguinho de “Quero-Não-Quero” e eu já cansei... – Diz Marcela, afastando-se de Marina.

- Nossa, Marcela... Não precisa falar assim também! Você não sabe o que está se passando na minha cabeça... Tantas frustrações, angústias, confusões... – Diz Marina, chateada.

- E você, por um acaso, se pôs no meu lugar também? Todo esse tempo te desejando, te amando de longe... E você só sabia falar dos seus homens, das suas dores... e nunca se importou com as minhas. – Diz Marcela, com o olhar triste.

- Claro que eu me importo, Marcela! Eu só não sei lidar com tudo isso... É tudo muito novo pra mim. Essa possibilidade nunca havia passado pela minha cabeça! De repente, você, uma mulher, minha amiga, revela que está apaixonada por mim, me beija e me faz pensar todas essas coisas... – Diz Marina, confusa.

- Que coisas?

- Você sabe, Marcela...

Marcela sorri.

- Então descubra isso tudo comigo, Marina! Deixe-se levar... Eu vou te fazer tão feliz... Eu prometo... – Diz Marcela, acariciando o rosto de Marina.

- Eu não sei se consigo, Marcela... Lutei tanto pra ficar ao lado desse homem, e agora que eu estou, largá-lo assim... – Diz Marina, com o olhar confuso.

- Ai Marina... Não sei como ainda persisto em algo assim... Realmente, começo a acreditar que seja um amor impossível... Quer saber, Marina? Quer tanto ficar com o Thiago? Eu desisto! Faça bom proveito! – Diz Marcela, perdendo o controle e saindo da sala, enquanto Marina senta-se e chora baixo, para ninguém ouvir.

*******

Marcela chega à sua sala e encontra Marta, que sorri e pergunta a ela se está tudo bem.

- Martinha... Quer sair comigo hoje? – Diz Marcela.

- Nossa... Mas por que isso, de repente? – Diz Marta.

- Ah... Só quero espairecer... Bater um bom papo, tomar um bom vinho... Você pode beber, né? – Brinca Marcela, sorrindo.

- Claro que posso! Sou nova mas não vamos exagerar, né? E um vinhozinho é sempre bom, ainda mais em boa companhia... – Diz Marta, tocando as mãos de Marcela, que lhe sorri.

- Então está combinado! Agora vamos deixar esse assunto para mais tarde e vamos nos concentrar no trabalho...

As duas falam do trabalho se olhando carinhosamente.

******

Expediente encerrado no Jornal “O Brasileiro”. Marta e Marcela saem juntas. Marina as observa e estranha a situação.

- Boa noite, Marcela! Até amanhã! – Diz Marina, no corredor da redação, constrangida.

- Boa noite, Marina! – Diz Marcela, enquanto Marta a olha sem jeito e deseja o mesmo à Marina.

- Boa noite, querida. – Diz Marina à Marta.

As duas se viram e, enquanto caminham juntas até a saída do prédio, Marta, Marcela, Marina e Thiago, coincidentemente, seguem até a saída do prédio no mesmo elevador. Todos se cumprimentam e Marina olha para Marcela vez ou outra, sem jeito.

- Amor, vamos à Cantina do Beto? Estou com uma vontade de tomar um bom vinho... Ouvir uma boa música... – Diz Marina a Thiago, tentando romper o clima de tensão.

- Estou um pouco cansado, meu amor... Preciso acordar cedo para escrever umas matérias que estão na minha mente há dias... – Diz Thiago, calmo, enquanto Marcela ri baixo e Marta percebe e sussura à Marcela, perguntando o porquê de estar rindo; ela lhe responde que não é nada.

- Olha, se vocês quiserem, podem ir conosco... Estamos indo à Cantina do Beto também... – Diz Marta.

- É mesmo? Não sabia que eram tão amigas. – Diz Marina, demonstrando surpresa e constrangimento.

- Olha, se você quiser, Marina, pode ir com elas, e eu irei para casa descansar. Só não demore... – Diz Thiago, tentando ser compreensivo.

- Não, meu amor... Também não pretendo atrapalhar nada... – Diz Marina, desconfiada.

- Que isso, dona Marina, não tem o que atrapalhar... Estamos convidando vocês! – Diz Marta.

- Deixa a Marina, Martinha... Afinal, o Thiago não vai querer também que ela esteja em má companhia, não é mesmo? – Diz Marcela, em tom de ironia.

- Olha, Dra., me desculpe se lhe ofendi ou fui indelicado... Não era minha intenção... Peço que esqueça o que houve mais cedo... – Diz Thiago.

- Não se preocupe com isso, Thiago. Já esqueci. – Diz Marcela, enquanto Marina a olha envergonhada e Marta demonstra desentendimento na conversa.

Todos já estão na saída do prédio e Thiago e Marina seguem para a casa de Marina, depois de se despedirem de Marcela e Marta, que seguem à Cantina do Beto.

******

No carro de Marcela.

- Marcela, você quer mesmo ir à Cantina do Beto? Estava pensando em um lugar melhor para irmos... – Diz Marta.

- É mesmo? E qual é esse lugar? – Diz Marcela, curiosa.

- Ah... É um restaurante bem simples, de comida italiana, chamado “Carlino”*, na Rua Vieira de Carvalho. É aconchegante e não é tão visado... Podemos conversar mais à vontade. O que você acha? – Diz Marta.

- Acho ótimo! Confio no seu gosto! Aliás, no seu bom gosto! – Diz Marcela, sorrindo para Martinha, lembrando rapidamente do beijo que Marina lhe dera mais cedo.

* A história do restaurante Carlino teve início em 1881, quando Carlo Cecchini abriu a casa na Av. São João junto ao Largo do Paissandu. Em 1960, mudou para a então glamourosa Rua Vieira de Carvalho, local onde funcionou até 2002. (Fonte: http://www.ovadiasaadia.com.br/gastronomia.cfm?id=AFaH1)

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Marta e Marcela chegam ao restaurante.

- Nossa, que bonito este lugar... Não conhecia... – Diz Marcela, encantada.

- É... Eu adoro vir aqui... Mas faz tempo que não venho, por ser um pouco distante de casa e nem sempre tenho uma boa companhia para vir... – Diz Marta, sorrindo para Marcela.

- Quer dizer que você costumava trazer seus pretendentes pra cá, não é, dona Martinha? – Diz Marcela, sorrindo.

- Só os mais especiais! – Diz Martinha, retribuindo o sorriso de Marcela.

As duas riem e se sentem desconcertadas.

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Ainda no restaurante...

Sabe, Marcela, não quero que você me leve a mal, mas acho que a dona Marina não lhe merece... – Diz Marta.

- Posso te pedir uma coisa? – Diz Marcela, com olhar carinhoso.

- Claro que pode... – Diz Marta, sem jeito.

- Não vamos falar nos outros hoje, tudo bem? Não quero assunto ruim estragando essa nossa noite tão bonita... – Diz Marcela, piscando para Marta.

- Você tem razão! – Diz Marta, sorrindo para Marcela.

- Mas me diz... Qual o seu propósito em me trazer aqui, hein? – Diz Marcela.

- Ah... Não há interesses a mais, doutora Marcela, só quis lhe mostrar um lugar bonito e tentar ser uma boa companhia... Afinal, acho que não só você, mas nós, andamos merecendo! – Diz Marta.

- Por que você diz isso? Há algo que lhe frustre também? – Diz Marcela, desconfiada e surpresa.

- Acho que na vida de todos nós há frustrações... Mas você quer dizer um amor não correspondido, não é? – Diz Marta.

- Nossa, como você é direta! Gosto disso! – Diz Marcela, enquanto responde à sua pergunta sorrindo, afirmativamente.

- Sim, minha cara... Há alguém que eu gosto faz um tempo, na minha faculdade, que não corresponde... Aliás, não só não corresponde como me recrimina pelo meu sentimento involuntário, digamos assim. – Diz Marta, desiludida.

- Nossa! Recrimina como? – Diz Marcela, surpresa.

- Por que você acha? – Diz Marta.

- Hum... Então quer dizer que estamos falando de uma pessoa do sexo feminino, que não soube lidar com essa situação meio inusitada, digamos assim? – Diz Marcela.

- Pois é... Acho que temos mais em comum do que imaginávamos, não?! – Diz Marta, segurando as mãos de Marcela carinhosamente, enquanto ela sorri para Marta.

- Já está ficando tarde... Acho melhor irmos embora, não?! – Diz Marcela.

- Ah... Já? Tudo bem... Mas eu espero que esse seja apenas o nosso primeiro encontro. – Diz Marta.

- E por que seria diferente? Já disse que gosto da sua companhia... Aliás, gosto muito! – Diz Marcela.

As duas saem do restaurante e entram no carro de Marcela, que diz que deve levar Marta à sua casa.

******

Na casa de Marina...

Marina está lendo um livro, pensativa, e Thiago pede a ela para que desligue a luz do abajur.

- Já vou desligar, só preciso terminar de ler esta página... Este livro está incrível! – Diz Marina.

- Mas precisamos dormir para acordar bem cedo. Você é a dona do Jornal, deve dar o exemplo! – Diz Thiago.

- Já vou desligar, Thiago! Eu sei bem das minhas obrigações. Você não precisa ficar me dando sermão! Do meu jornal, cuido eu! – Diz Marina, visivelmente irritada.

- Nossa, não está mais aqui quem falou... Que mal humor é esse, Marina? Você ainda está chateada comigo pelo que eu disse à Dra. Marcela hoje cedo? – Diz Thiago.

- Talvez... Quer dizer, não. Já passou, ela mesma disse isso... Aliás, muito feia sua atitude, hein? Você não tinha esse direito... Ah, mas não quero mais falar sobre isso... Ainda tenho que conversar melhor com ela. – Diz Marina.

- Conversar sobre o quê? Não está tudo certo agora? – Diz Thiago, desconfiado.

- Ah... Sobre essa história de sair com a estagiária... – Diz Marina.

- E o que você tem a ver com isso? – Diz Thiago, mais desconfiado ainda.

- Oras... O jornal é meu, e não quero as pessoas falando por lá... Não fica bem as coisas se misturando... – Diz Marina.

- Hum... Sei... Depois falamos sobre isso, agora vamos dormir. – Diz Thiago.

- Tudo bem. – Diz Marina.

Marina vira-se, desliga o abajur e relembra o beijo que dera em Marcela mais cedo na redação do jornal.

******

No carro de Marcela...

Espero não estar criando nenhum problema entre você e seus pais... – Diz Marcela, preocupada.

- Por que você diz isso? – Diz Marta.

- Pela hora em que estou indo lhe deixar... – Diz Marcela.

- Sua boba! Eu não moro com meus pais... Mora só eu e uma prima minha que também estuda na mesma universidade que eu. Dividimos o apartamento. E a essa hora ela deve estar na casa do namorado... Ultimamente nem tem parado em casa... – Diz Marta, sorrindo.

- Hum... Entendo. Menos mal então, né? – Diz Marcela.

- Pois é... Aliás, eu ainda não estou com sono... Adoraria se você pudesse me fazer um pouco de companhia nesta madrugada... Quem sabe assistir a um filminho... – Diz Marta.

- Hum... Convidando desse jeito... Olha que eu aceito! – Diz Marcela, sorrindo.

- Mas é pra aceitar mesmo! – Diz Marta, retribuindo o sorriso de Marcela.

- Tudo bem... Mas vamos apenas bater um pouco de papo... Filme demora e não posso também chegar muito tarde em casa. – Diz Marcela.

As duas chegam à casa de Marta e, como previsto, a prima de Marta não estava no apartamento. Marta lembra-se de um vinho que estava aberto e oferece à Marcela, que aceita. As duas bebem um pouco e continuam a conversar, sobre diversos temas, menos sobre amor.

- Acho que já deu pra mim, Martinha... Não posso beber muito pois devo voltar dirigindo... – Diz Marcela, preocupada.

- Qualquer coisa você dorme aqui... Não tem problema... Aliás, eu adoraria. – Diz Marta, já um pouco alterada pelo álcool, encostando seus braços no ombro de Marcela.

- Menina, você tá que tá hoje, hein?! – Diz Marcela, rindo.

- Eu acho que o álcool nos dá essa coragem de fazer o que a gente quer, e eu sempre te achei linda... – Diz Marta, acariciando o rosto de Marcela.

- É mesmo? Mais do que a sua amada da universidade? – Diz Marcela, desconfiada.

- Muito mais! Você é uma mulher decidida, e isso é muito, muito, mas muito sexy! – Diz Marta, enfaticamente, enquanto Marcela ri da embriaguez de Marta. Ao terminar a frase, Marta, ainda acariciando o rosto de Marcela, aproxima-se para beijá-la.

- Tem certeza disso? – Diz Marcela, colocando o dedo indicador nos lábios de Marta.

- Mais do que qualquer outra coisa! – Diz Marta, beijando delicadamente os lábios de Marcela, que retribui o beijo.

[AS CENAS A SEGUIR SÃO RECOMENDADAS PARA MAIORES DE 16 ANOS]

Enquanto o beijo entre elas flui, Marcela desce as mãos, que se encontravam também no rosto de Marta, para o seu corpo, em seguida, à sua cintura. Marta, por sua vez, toca delicadamente os seios de Marcela, que se assusta no momento e olha para Marta com reprovação e carinho, ao mesmo tempo. Porém, deixa-se levar.

Marta tira a blusa de Marcela suavemente, que também faz o mesmo com Marta. As duas resolvem ir para a cama, e se beijam eloquentemente. Marcela coloca-se em cima de Marta, e toca os seus seios, depois os beija com carinho. Marta, por sua vez, desce as mãos até as pernas de Marcela e as sobe, em direção ao seu sexo, no que Marcela retira a sua mão.

- Melhor não... Ao menos, não hoje... Vamos fazer isso com mais calma, quando estivermos, ambas, sóbrias... Não quero que seja assim... Não gosto que seja assim, aliás... – Diz Marcela à Marta, carinhosamente.

- Tudo bem... Eu te entendo... Se você quer assim, eu respeito. – Diz Marta.

- Agora eu tenho que ir... Você me deixa na porta? – Diz Marcela.

- Ah... Dorme aqui ao menos, por favor... Juro que não tirarei pedaço de você! – Diz Marta, sorrindo.
- Hum... Melhor não... Se você não se controlar, serei eu que não me controlarei! – Diz Marcela, rindo, enquanto Marta sorri e, após vestirem suas blusas, Marta lhe leva até a saída.

As duas se despedem com um beijo caloroso e um olhar carinhoso.

******

No dia seguinte, no Jornal...

Marta chega ao jornal e olha constangida à Marcela, que a olha rapidamente e depois volta a realizar seus afazeres. Até que Marcela olha para Marta e faz um sinal lhe avisando que as duas precisam conversar. Marta vai ao encontro de Marcela.

- Oi, Marcela... Achei que não ia falar comigo. – Diz Marta, com um certo tom de deboche, mas envergonhada, ao mesmo tempo.

- Vamos até o corredor? Acho que precisamos conversar com mais privacidade, não acha? – Diz Marcela.

- Claro. Vamos. – Diz Marta.

- Olha, primeiramente, eu quero pedir des... – Diz Marta, com ansiedade e nervosismo aparentes.

- Não precisa se desculpar de nada. Somos bem grandinhas. Mas eu acho que devemos colocar tudo no seu devido lugar. – Diz Marcela, interrompendo-a.

- Tudo bem... Olha, Marcela, eu te acho uma mulher incrível, linda, inteligente, e adoraria ter algo mais sério com você, mas preciso ter certeza de que você acha que pode esquecer a Marina. Mas eu nem sei porque tô falando isso, de repente pra você aquilo foi apenas uma experiência pra esquecer a Marina, já que você estava mal por causa dela, e eu também estava um pouco alterada, não fui a mais delicada do mundo... Mas se for só isso, eu vou entender e...  – Diz Marta, muito nervosa.

- Calma, Martinha. Para um pouco. Você está muitíssimo nervosa, e nem há porquê. Que tal deixarmos levar? – Diz Marcela, interrompendo-a novamente.

- É verdade... Desculpa, não quis parecer ansiosa. É que eu  realmente gostei de você, e não queria perder a oportunidade de me envolver com você, Marcela. – Diz Marta, olhando carinhosamente à Marcela, que retribui seu olhar e toca seu rosto carinhosamente, no mesmo momento em que Marina sai de sua sala e observa a cena.

Marcela assusta-se com a presença de Marina, que a cumprimenta friamente. Marta olha para Marcela com reprovação, que lhe pergunta o porquê do olhar.

- Será mesmo que você está pronta para “deixar levar” com outra pessoa que não seja a Marina? – Diz Marta.

- Eu quero ser feliz! Você não está disposta a esquecer a garota da faculdade? – Diz Marcela, enquanto Marta balança a cabeça de forma afirmativa, e Marcela continua: “Então... Eu também estou disposta a esquecer o que não me faz feliz”.

As duas se abraçam carinhosamente e voltam juntas à sala de trabalho. Enquanto Marina, que estava em uma outra parte do corredor, onde elas não poderiam vê-la, escutava a conversa.

******

Marina vai até a sua sala pensando em Marcela, com os olhos marejados, sem entender o porquê de tudo aquilo, e encontra Thiago, que a esperava para tratar de um novo artigo para o Jornal. Thiago surpreende-se ao ver a amada daquela forma e pergunta a ela o que houve, e ela lhe responde “nada”, de forma ríspida. Thiago diz que precisa conversar muito seriamente com Marina. Os dois discutem sobre o relacionamento e o rompem.

Um mês depois...

Marcela está namorando Marta, enquanto Marina descobriu que estava grávida de Thiago. Os dois decidem tentar novamente.

No jornal...

Marina decide realizar uma reunião com alguns de seus funcionários para debaterem sobre novas ideias para o jornal. Entre eles, está Marcela, Marta, Mário e Thiago. Enquanto Thiago fala que devem voltar a focar o jornal na política do Brasil, já que seria o tema mais importante, em sua opinião, Marina olha para Marcela de forma a debochar do que Thiago estava falando, porém, no momento em que o faz, Marcela está trocando olhares com Marta, que sorri para ela e faz um sinal com as mãos demonstrando que elas deverão se encontrar posteriormente. Marina modifica sua expressão no mesmo momento e demonstra não estar bem.

- Gente, que tal adiarmos esta reunião? Não estou me sentindo muito bem... – Diz Marina, atordoada.

-  O que foi, Marina, o que você está sentindo? – Diz Marcela, preocupada.

- Você quer que eu te leve ao hospital? – Diz Thiago, também preocupado.

- Calma, gente, não é nada grave... Só não estou bem e prefiro ir para casa, descansar... Sabe como é, quando estamos grávidas, devemos ter um cuidado em dobro! – Diz Marina, tentando disfarçar sua aparente tristeza.

- Mas e os funcionários, Marina? Não poderemos ficar aqui sem a sua presença. – Diz Thiago.

- Você toca o jornal, Thiago. Tem experiência suficiente pra isso, não? Deixa a Marina ir para casa. Ela não pode fazer muito esforço. – Diz Marcela, ainda preocupada, enquanto Marta a olha reprovando sua demasiada atenção ao problema de Marina.

- Thiago, você pode fazer isso pra mim? Eu posso ir sozinha para casa. – Diz Marina.

- Tudo bem, Marina, tudo bem... Se é assim que você quer... – Diz Thiago.

Todos se arrumam para voltarem aos seus lugares, inclusive Marta e Thiago. Enquanto Marina está saindo do prédio, Marcela a segue e a chama.

- Oi, Marcela... – Diz Marina, tentando demonstrar indiferença, sem sucesso.

- O que houve, amiga? – Diz Marcela, preocupada e carinhosa.

- Não houve nada, Marcela! Eu já disse! – Diz Marina, um pouco nervosa.

- Mas se não houve nada, por que você saiu às pressas de uma reunião que você mesma organizou e que era tão importante pra você? – Diz Marcela.

- Era tão importante que você não deixava de paquerar a sua namoradinha, ao invés de dar novas ideias ao jornal, que era o real objetivo, não é mesmo? – Diz Marina, nervosa.

Marcela sorri carinhosamente.

- Desculpa, Marina, não achei que fosse lhe incomodar tanto... – Diz Marcela, em tom de deboche.

- Não disse que me incomodou. Só acho que seus assuntos particulares devem ser tratados fora do ambiente de trabalho. – Diz Marina, chateada e aparentemente enciumada.

- Engraçado, eu não lembro de você ter reclamado de “não fazer o meu trabalho direito” quando eu lhe beijei pela primeira vez... Aliás, muito menos na segunda vez em que nos beijamos, já que foi você mesma que tomou a iniciativa, não?! – Diz Marcela, ainda em tom de deboche.

Antes mesmo de responder à Marcela, Marina começa a passar mal. Marcela se preocupada e segura Marina, que lhe agradece.

- Não precisa me agradecer. Amigas são para isso. Vou lher levar ao hospital, você ou aquele “bundão” do seu marido querendo ou não! – Diz Marcela.

Marcela saira tão atordoada com Marina em direção ao hospital que nem lembrou de avisar à Marta e aos outros funcionários que teria que sair, nem mesmo de levar sua bolsa, que estava com a chave da sua casa.
Marta se preocupa com a demora de Marcela e vai até o corredor do jornal procurá-la, porém, sem sucesso. Assim, decide voltar ao seu trabalho, mesmo preocupada.

No hospital...

- Está tudo bem com a sua amiga. Fique tranquila. A pressão caiu um pouco, o que é natural em situações de estresse, ainda mais por ser uma gravidez de certo risco... Bem, vocês devem saber que o cuidado deve ser redobrado. Portanto, nada de fortes emoções, viu, dona Marina? – Diz o Médico.

- Não se preocupe, doutor, vou levá-la à sua casa e ela ficará em repouso. – Diz Marcela.

- É o melhor no momento. – Diz o Médico.

Marcela e Marina saem juntas em direção ao carro. Marina diz que ainda está um pouco fraca, mas que não queria ficar sozinha. Marcela diz que fará companhia a ela.

- Marcela... Não quero ir pra casa. Depois o Thiago vai chegar, não quero perturbação por hoje... – Diz Marina.

- Nossa, quanta paixão, hein? – Diz Marcela, em tom de deboche.

- Não começa, Marcela... Posso ir pra sua casa? – Diz Marina.

- Claro. Deixa eu pegar minha bolsa pra ver quanto eu tenho pra passarmos antes em uma farmácia e comprarmos o remédio que o doutor passou... – Diz Marcela.

- Não precisa, Marcela... Eu tenho aqui... – Diz Marina.

- Não, Marina, deixa que eu pago, tá? Se eu tô falando que vou pagar, é porque eu vou! – Diz Marcela.
- Tá bom. Não precisa brigar por isso. Se quer fazer uma boa ação para a sua amiga querida, eu aceito. – Diz Marina, sorrindo.

- Nossa, não tô achando a minha bolsa em lugar nenhum desse carro. – Diz Marcela.

- Eu acho que você não trouxe a sua bolsa, Marcela. Não lembro de ter lhe visto com ela. – Diz Marina.

- Poxa... E agora? Espero que a moça que trabalha lá em casa ainda esteja lá pra me emprestar hoje a cópia da chave dela, já que a minha estava na bolsa. – Diz Marcela, preocupada.

As duas seguem até a casa de Marcela que, por sorte, encontra a empregada de sua casa saindo no mesmo momento em que elas entravam no prédio. Ela lhe explica a situação e recebe a chave da moça.

- Pronto! Estamos salvas! – Diz Marcela, sorrindo.

- Graças a Deus! – Diz Marina, comemorando.

- Mas espera... E se o Thiago chegar e não lhe encontrar. Ele não ficará preocupado? – Diz Marcela.

- É verdade... Eu deveria ter deixado um bilhete... Ah, mas depois eu dou um telefonema para a portaria do prédio e digo pra avisarem... – Diz Marina, despreocupando Marcela.

******

Na casa de Marcela...

- Nossa, sua casa está tão diferente, Marcela. – Diz Marina.

- Também... Faz tanto tempo que você não vem por aqui, né? Parece que agora tem medo de mim. – Diz Marcela, rindo.

- E por que eu teria medo de você? – Diz Marina.

- Não sei... De ser seduzida por mim. – Diz Marcela, rindo.

- Não fala besteira, Marcela... Se a adolescente que você namora souber que você ainda dá em cima de mim desse jeito, não vai gostar nada nada... – Diz Marina, provocando-a.

- Não fala assim da Marta... E eu não estou dando em cima de você, só estou brincando, amiga. – Diz Marcela, dando ênfase na palavra “amiga”.

- Ué, você não chama sempre o meu namorado e futuro pai do meu filho de velho rabugento? Por que não posso chamá-la assim? Aliás, você, uma mulher madura e bonita, namorando criança... Me admiro de você, Marcela... – Diz Marina.

- Nossa, quanto ciúme no coração, Marina... Não sabia que você estava tão apaixonada por mim assim... – Diz Marcela, provocando Marina.

- Você é muito engraçadinha, Marcela... Mas eu tenho que te confessar uma coisa... – Diz Marina.

- Pode falar, querida, você sabe que pode me contar tudo. – Diz Marcela.

- É... Você tem razão no que disse... Eu me apaixonei por você, Marcela... Antes eu não entendia bem o que estava acontecendo comigo... De repente comecei a sentir tanto ciúme da sua relação com a Marta que não conseguia dormir pensando nisso... Pensando em você abraçando-a, beijando-a... Declarando-se para ela, e não mais para mim... No início, achei que era ciúme por não ter mais a mesma atenção que tinha de você, mas depois percebi, depois de tanto tempo, que é amor... E não é algo tão novo... Sabe aquela coisa que você tem guardadinha em um canto do coração que você procura evitar olhar, sentir... Mas ela continua lá, e um dia ela aflora de uma tal maneira que ninguém, nem eu mesma, conseguiria arrefecê-la. E foi isso que aconteceu, Marcela. E eu nunca senti algo tão forte e bonito, nem mesmo pelo Thiago, como eu sinto por você, Marcela. – Diz Marina, carinhosamente, olhando nos olhos de Marcela, que permanece atônita, com os olhos marejados, que lacrimejam a cada frase de Marina.

- Eu não sei nem o que dizer, Marina... Parece que eu tô sonhando... – Diz Marcela, sem jeito, enquanto abraça Marina, emocionada.

As duas se abraçam calorosamente, e Marina aproxima seu rosto do de Marcela, e a olha com paixão. As duas se beijam carinhosamente, depois, com eloquência.

- Eu não via a hora de ter coragem de fazer isso, Marcela! – Diz Marina, emocionada.

- E eu fico muito feliz que você tenha tido coragem de me declarar tudo isso... Muito feliz, Marina... Esse é o dia mais feliz da minha vida! – Diz Marcela.

- Mas e a Marta, Marcela? – Diz Marina.

- Eu adoro a Marta. Ela é um amor comigo, carinhosa, romântica, mas você sabe que eu nunca deixei de te amar... Você sempre foi e sempre será o grande amor da minha vida, Marina. Aquela que consegue me deixar nervosa com cada palavra de carinho; que faz arrepiar toda a minha pele, todo o meu corpo, dos meus pés ao último fio de cabelo... – Diz Marcela.

- Ai, Marcela... – Diz Marina, felicíssima.

As duas se beijam novamente.

- O que você acha de irmos para o meu quarto? – Diz Marcela.

- A melhor ideia do mundo! – Diz Marina, rindo.

- Então me acompanhe, meu amor. – Diz Marcela.

******

[AS CENAS A SEGUIR SÃO RECOMENDADAS PARA MAIORES DE 18 ANOS]

Marcela beija Marina calorosamente, enquanto a deita em sua cama, e Marina retribui o seu beijo. Marina, por conseguinte, toca levemente a sua mão no rosto de Marcela, e diz a ela o quanto esperou por esse momento...

- Como eu te disse, Marina, parece um sonho se tornando realidade... – Diz Marcela, enquanto Marina coloca seus dedos nos lábios de Marcela e diz “xii, não fala nada, só me beija...”.

Marcela olha para Marina e suspira, apaixonada, e coloca Marina em cima dela, que sorri e a beija apaixonadamente. Marina desabotoa a blusa de Marcela, e, em seguida, vai tirando devagar a sua saia, deixando-a seminua, enquanto Marcela despe Marina por completo.

- Você é tão linda, Marina... – Diz Marcela, encantada.

- Você é mais, minha querida, muito mais... – Diz Marina, enquanto sorri.

Marina pergunta à Marcela se ela sabe como ela irá tirar o resto de sua roupa, e Marcela pergunta à Marina, com segurança, “como?”.

- Com a minha boca... – Diz Marina, enquanto olha com desejo à Marcela.

Marina tira levemente a roupa íntima de Marcela, enquanto beija todo o seu corpo. As duas se olham e sorriem, apaixonadas. Marcela, por sua vez, coloca-se em cima de Marina, sentindo seu sexo no dela, que enlouquece... Assim, as duas fazem amor apaixonadamente.

******

Algumas horas depois...

No Jornal “O Brasileiro”...

Thiago dispensa os seus funcionários, inclusive Marta, que se preocupa com o fato de Marcela não ter aparecido, e decide ir à casa dela para lhe entregar a bolsa com seus pertences, inclusive a sua chave.
Todos os funcionários da redação saem do jornal, menos Thiago, que ainda precisa resolver as últimas pendências. Marta sai do prédio e chama um táxi em direção à casa de Marcela.

Na casa de Marcela...

- Eu te amo tanto, Marcela, como eu nunca imaginei que conseguiria amar alguém... Agora eu entendo como nada dava certo pra mim, porque era você que o meu coração procurava... E só eu não conseguia enxergar... – Diz Marina, emocionada, enquanto entrelaça os seus dedos nos de Marcela.

- Encaixa certinho, né? – Diz Marcela, rindo.

- Sua boba! Eu tô tão feliz... Eu só quero você, Marcela, só você... Mais ninguém! Eu juro! – Diz Marina, encantada com Marcela.

- Eu também, meu amor... Acho que já lhe dei provas suficientes disso, não é mesmo? – Diz Marcela.
- É... Tirando aquela pirralha lá que você tava namorando e que me deixava morrendo de ciúmes... – Diz Marina, sorrindo.

- Meu amor, eu precisava te esquecer... Não aguentava mais sofrer por você... Mas em todos os momentos em que estive com ela, imaginei você... Quando a beijava, imaginava estar beijando você... – Diz Marcela.
- Ah, é mesmo, Marcela? – Diz Marta, que entra de repente no quarto de Marcela, deixando-as estarrecidas.

Marina cobre-se depressa, ao mesmo tempo que Marcela, que pergunta à Marta como ela conseguiu entrar e o que ela estava fazendo ali.

- Você esqueceu a sua bolsa na redação, e eu, como idiota que sou, pirralha, vim lhe trazer, pois fiquei preocupada que você pudesse ficar pra fora de casa... Mas estava dentro, não é? Muito bem acompanhada, por sinal... – Diz Marta, revoltada, enquanto joga a bolsa em cima de Marcela.

- Por favor, Marta... – Diz Marina, tentando acalmá-la.

- Cala a boca, sua vagabunda! É isso mesmo... Mandou o pobre do Thiago cuidar do jornal fingindo que estava doente, parando até a reunião que era importante para o jornal, pra se enfiar na cama da minha mulher! – Diz Marta, enfurecida.

- Calma, Martinha... Por favor, não fala assim... – Diz Marcela, enquanto coloca a sua roupa, envergonhada.
- Aliás, minha mulher não, né?! Porque eu não quero mais olhar na sua cara, Marcela! Você é tão safada quanto essa aí... Duas vagabundas! Sujas! Depravadas, que não respeitam ninguém, nem mesmo quem gosta de vocês! E eu que tive que aguentar tantas noites em que a Marcela chorava no meu colo, e eu sabia que era por sua causa, apesar de ela não dizer nada, não é mesmo, Marcela? E eu te dava carinho, porque essa aí só sabia pisar em você! – Diz Marta, transtornada de raiva, enquanto Marcela a segura e pede para elas saírem do quarto.

As duas saem do quarto, enquanto Marina se arruma no quarto de Marcela e se lembra que não ligou ao Thiago, avisando-o que estaria na casa de Marcela. Marta, por sua vez, diz que vai embora, e Marcela pede para ela ficar mais um pouco, para que elas possam conversar civilizadamente.

- Me perdoa, Martinha... Se tem uma pessoa que eu nunca, na minha vida, gostaria de magoar, é você... Eu te admiro muito! – Diz Marcela, tentando acalmar Marta.

- Admira mas não ama, né, Marcela? – Diz Marta.

- Não fala assim... Eu sempre fui sincera com você, você sabe disso... – Diz Marcela.

- Mas não jus... – Diz Marta, ainda enfurecida.

- Não justifica... Eu sei, não tô falando que justifica o que eu fiz... Me perdoa... – Diz Marcela, interrompendo Marta, enquanto Marina aparece na sala, onde as duas estão conversando.

- Marcela, eu tenho que ir... O Thiago deve chegar logo em casa e vai estranhar eu não estar lá... – Diz Marina.

- Olha como ela é cínica! E vai dizer o que, Marina? Hein? Que estava na casa da sua amiga maravilhosa e querida? – Diz Marta, dando ênfase à palavra “amiga”.

- Olha Marta, eu sinto muito que tudo tenha sido dessa forma e que eu tenha lhe magoado, realmente não foi a minha intenção, mas eu não pretendo enganar ninguém... Eu amo a Marcela e nós vamos ficar juntas, você querendo ou não. – Diz Marina, segura de si.

Marta dá um tapa no rosto de Marina, que pretende revidar, porém, é impedida por Marcela.

- Por favor, gente... Calma... Marina, acho melhor você ir, depois conversamos com calma... E Marta, fica aqui, por favor, vamos conversar... – Diz Marcela, enquanto Marta continua em pé, furiosa, com os braços cruzados.

- Tudo bem, Marcela... Eu entendo... Tchau, viu?! E muita calma com a fera... – Diz Marina, debochando de Marta, enquanto sai. Marta tenta agredir mais uma vez Marina, mas é impedida por Marcela.

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Em breve, mais capítulos por este blog e pela comunidade oficial Marcela e Marina, no Orkut. Aguarde!

18 comentários:

Anônimo disse...

muito legal! nota 1000.

Doutora Marcela on 12 de setembro de 2011 às 22:06 disse...

Excelente!!!

RAyZA on 12 de setembro de 2011 às 22:14 disse...

Uau! Amei, muita emoção!

Doutora Marcela on 15 de setembro de 2011 às 15:57 disse...

Vc vai colocar as duas tirinhas que vc fez tbm, minha querida??

Brasil Sem Preconceito on 16 de setembro de 2011 às 21:26 disse...

É verdade... Boa ideia! Vou começar a colocar tirinhas, hehehe. Valeu, doutora!

Anônimo disse...

Quando sai a terceira parte de Fan Fic ? Estou super curiosa para ler ! Parabéns, muuito boa essa história fictícia.

Brasil Sem Preconceito on 30 de setembro de 2011 às 13:56 disse...

Oi, querida(o), tudo bom? Creio que você já leu a segunda parte, né? A terceira parte sairá em breve... Depende da inspiração da autora. hahahaha Fico muitíssimo feliz que você tenha gostado, e espero que volte sempre ao nosso site pra conferir as novidades e, inclusive, a fanfic, que é feita com carinho especial pra vocês!

Anônimo disse...

Minha querida, eu amei a fanfic! de muito bom gosto e de uma intensidade realmente apaixonante.
Ao menos aqui podemos nos deleitar em uma história que é real, mas que a censura proibe.
Parabéns!

Anônimo disse...

ñ vai ter mais fanfic?
por favor posta mais !
eu to amanhado!

Brasil Sem Preconceito on 5 de outubro de 2011 às 15:30 disse...

Vai sim, claro! Você já viu a parte dois? Aqui: http://www.brasilsempreconceito.com/2011/09/fan-fic-marcela-e-marina-amor-e_26.html A parte 3 sairá em breve! Andei muito ocupada por causa da campanha #MarcelaeMarinaSemCensura, mas logo estarei de volta com a fanfic. Muito feliz por você ter gostado. Espero que volte logo! Beijos.

Anônimo disse...

to amando e tomara que saia logo a terceira parte! esta bem emocionante!estou adorando!

Anônimo disse...

gente mas essa história ta incrivel mesmo, se fosse assim na novela, mil vezes melhor eu to amando não vejo a hora de continuar lendo essa história quando puder posta o resto vou estar esperando o resto para ler..... mais uma vez ta muito bom mesmo esta de parabéns...!!!

Anônimo disse...

Gente, mais eu ainda estou boba... Que bacaaaana é essa história! QUERO MAIS, MUITO MAIS! Você é fantástica!

Marília de Dirceu

Unknown on 2 de novembro de 2011 às 18:29 disse...

Vocês são ótimo. Que obra maravilhosa. Poste a 3ª parte, please.

Curiosidades & Close on 8 de novembro de 2011 às 17:08 disse...

kkk, irado isso aqui... que criatividade ta de parabens, dar pra ser novelista...

Anônimo disse...

ivonete codacio,adorei a historia de marcela,marina e marta,incrivelmente bom,quero seguir este fan fic todos os dias ,pois a hitoria ficou o maximo sem sensura e espero que elas se entendam pra nos dar mas felicidades,parabens a autora ,beijos de uma fan fervorosa de marcela e marina.(melarco-iris@hotmail.com)

Anônimo disse...

estou amando ta muito massa,tomara que no final Marcela e Marina ficam juntas ,amo elas demais

Unknown on 2 de julho de 2013 às 22:39 disse...

amei

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