domingo, 22 de abril de 2012

Araraquara: Estudantes da Unesp fazem passeata contra ato de Racismo

A manifestação aconteceu na tarde desta quinta-feira, na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp em Araraquara, em repúdio a pichações em uma parede do Campus. 
Uma manifestação de repúdio ao ato racista nas dependências da Unesp de Araraquara, mobilizou na tarde desta quinta-feira (19), estudantes de diversos cursos em apoio os estudantes africanos e contra xenofobia e racismo. A manifestação foi pacifica, com os estudantes pintando em seus corpos mensagem e carregando cartazes com mensagens de apoio aos estudantes africanos e, de acordo com informações de um estudante, a ação aconteceu de forma “espontânea”. Já outra aluna da universidade denominou o ato discriminatório como “ridículo” e descabido em pleno século XXI. 
O doutor e docente de Antropologia da Faculdade de Ciências e Letras – UNESP e Coordenador do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (CLADIN), Dagoberto José Fonseca explicou, durante a manifestação aos estudantes, como funciona o intercâmbio dos estudantes africanos e o que é xenofobia e racismo.
Dagoberto informou que estão estruturando uma sindicância, já foi feito o Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil e que estaria junto ao Ministério Público dando algumas declarações sobre o caso. Dagoberto lamentou que o fato tenha acontecido dentro da Unesp. “Agora, precisamos entender que tipo de manifestação é essa; se é isolada, se é de alguém insatisfeito com alguma coisa, de um grupo… por isso é preciso averiguar. Por isso nós estamos pedindo que se faça uma verificação, uma apuração do que temos efetivamente aqui”, diz, acrescentando que foi um pedido dos estudantes a abertura de uma sindicância e um encaminhamento junto a policia civil até mesmo para ampara-los”.
Atualmente, no Campus, são 25 estudantes africanos e esta pichação causou em um dos estudantes africano indignação. Outro estudante disse que espera que encontrem um diálogo entre os estudantes e os professores e tentar apurar quem são os autores da pichação. “Dá para se perceber que não são somente os alunos africanos que estão preocupados, mas também os brasileiros. Estou aqui há seis anos e nunca pensei que isso pudesse acontecer”, finalizou o estudante.

* A matéria em questão é de inteira responsabilidade dos seus criadores, assim como seu crédito total.

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