segunda-feira, 23 de abril de 2012

Homossexual é demitido do trabalho após veiculação de reportagem em programa de Tv

Fonte: G mais
Aílton Cardoso. (Foto reprodução:TV Globo/Fantástico)
Há dois domingos atrás, o programa Fantástico(TV Globo) foi a Santos conhecer um curso que se destina a formar drag queens. Durante a gravação, um aluno se destacou e, quando voltou ao trabalho, o aprendiz de drag teve uma surpresa.

No dia seguinte, tudo mudou. “Um dos meus chefes, simplesmente chegou para mim e disse que não era condizente com ele, que aquilo não era bom para empresa, não era bom para a imagem”, conta o professor. 

A reportagem era sobre um curso de drag queen, e Ailton era um dos alunos. Ele andou de salto alto, dançou, cantou. Ele era professor de logística em uma escola, no centro de São Vicente, litoral de São Paulo. Ficou dois anos e meio no emprego. Na segunda-feira depois da reportagem, recebeu o aviso do chefe, antes mesmo de chegar ao trabalho. “Ele falou abertamente: ‘você está demitido’”, diz conta.

A carta de demissão diz que Ailton foi despedido "sem justa causa", mas ele acha que o motivo está claro. “Sofri um ato homofóbico”, desabafa. 

Por isso, o professor registrou um boletim de ocorrência por "injúria". Contou à polícia que o patrão disse que ele era uma "mancha para sua empresa". Ailton ficou apenas com o segundo emprego, em uma entidade que oferece cursos profissionalizantes de graça. 

O professor é homossexual assumido e alega que o agora ex-chefe sabia disso. “Eu não imaginava que fosse gerar essa polêmica toda”, se emociona Ailton. 

O ex-patrão de Ailton negou qualquer tipo de preconceito, disse que já vinha pensando em demitir o ex-funcionário, porque o rendimento dele estava caindo e que Ailton também estava faltando. Ele achou melhor fazer o desligamento, depois que Ailton não apareceu na escola durante dois dias, porque estava participando do curso de drag queen. 

Para a presidente da Comissão Nacional de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, demitir por causa de duas faltas é exagero.N 

“Não houve nenhuma advertência e simplesmente a demissão? Dois dias de falta não ensejam a demissão desta forma como foi feito. Acho que isso fica evidenciado, que foi uma demissão causada por homofobia.”, afirma Maria Berenice Dias. 

Segundo a representante da OAB, Ailton pode pedir indenização por danos morais. Mas ele não se decidiu. 

“Eu não sei te dizer até que ponto a indenização é interessante! Eu só sei de uma coisa: preconceito não pode existir."

Confira a reportagem veiculada(Clique aqui)

* A matéria em questão é de inteira responsabilidade dos seus criadores, assim como seu crédito total.

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