quarta-feira, 19 de setembro de 2012

    Trabalhadora homossexual assumida consegue indenização por desrespeito no trabalho

    Uma trabalhadora procurou a Justiça do Trabalho dizendo que era constantemente humilhada e constrangida pelo patrão em razão de sua opção sexual. Por essa razão, pediu o pagamento de indenização por danos morais. O caso foi submetido à apreciação do juiz substituto Mauro Elvas Falcão Carneiro, em atuação na Vara do Trabalho de Lavras.

    A reclamante trabalhava em um restaurante e apresentou como testemunhas um ex-colega de trabalho e um cliente do estabelecimento, que confirmaram ter visto o representante da ré constrangendo a trabalhadora em razão de sua condição sexual. Segundo relataram as testemunhas, nas ocasiões presenciadas ela foi chamada de veadinho e sapatona, o que a deixou envergonhada a ponto de chorar. O cliente disse ainda ter visto o representante da ré comentando sobre a sexualidade da empregada com um vendedor de doces que tem ponto próximo ao restaurante.

    Por outro lado, o reclamado sustentou que a própria empregada pedia para ser chamada de João pelos colegas. No entender da empresa, isso demonstra que não havia preconceito e assédio moral. Mas o julgador pensa diferente. Apesar de as testemunhas levadas pelo restaurante terem relatado que a colega gostava de ser chamada de João, contando que chegava até mesmo a levar um órgão genital masculino de brinquedo para o trabalho, isso não significa que não merecesse respeito. Para o magistrado, o tratamento dirigido à trabalhadora, inclusive na frente de terceiros, era ofensivo e causou dano moral. Ainda que a própria reclamante agisse de modo a reforçar sua condição de homossexual, direito que ela tem.

    A questão do comportamento da reclamante foi levada em consideração apenas para a fixação do valor da indenização. Embora repudiando a conduta do empregador, o julgador considerou que a trabalhadora agia de uma maneira que poderia acabar estimulando a ação danosa. Para o magistrado, isso de forma alguma, justifica a conduta praticada pelo representante do réu. Mas não pode ser deixado de lado na hora de fixar o valor da reparação.

    E foi sopesando todos essas particularidades do caso, bem como a capacidade financeira das partes, a gravidade dos danos e o caráter punitivo-pedagógico da indenização por danos morais, que o juiz sentenciante decidiu condenar o restaurante a pagar indenização no importe de R$ 2.000,00, valor equivale a 03 meses de salários da reclamante. A reclamada recorreu, mas o recurso não foi recebido, uma vez que o pagamento das custas foi feito fora do prazo. O processo aguarda a análise do agravo de instrumento interposto pela ré.

    (Número do processo não informado pela fonte oficial)

    Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

    sexta-feira, 7 de setembro de 2012

    'Racismo é perverso', diz a primeira doutora quilombola do Brasil


    Bibiana DionísioDo G1 PR

    Edimara Gonçalves Soares diz que acesso à educação para crianças quilomobolas é repleto de obstáculos, alguns intransponíveis (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)Edimara Gonçalves Soares diz que acesso à educação para crianças quilomobolas é repleto de obstáculos, alguns intransponíveis (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
    A primeira doutora quilombola do Brasil acaba de tirar o título, na área de Educação, na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Edimara Gonçalves Soares, professora da rede estadual de ensino, defendeu a tese “Educação escolar quilombola: quando a política pública diferenciada é indiferente” na terça-feira (28). Formada em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, Edimara Soares nasceu e viveu até os 15 anos em uma comunidade quilombola, criada pelos bisavós dela, em Formigueiro, a 68 quilômetros de Santa Maria. A comunidade não tem nome e é formada por, aproximadamente, 60 famílias que vivem do que plantam e criam.
    Sempre crítica à escolarização dos remanescentes de quilombos, que são comunidades mais afastadas criadas por escravos que fugiram dos senhores de engenho, na época do Brasil Colonial, os sentimentos da nova doutora se confundem. “Eu tenho orgulho, sim. Mas é um orgulho que me faz refletir sobre o quanto a desigualdade, o preconceito, o racismo institucional são fenômenos perversos e que não são reconhecidos, dado o mito da democracia racial. Nós vivemos em um país da diversidade racial, que nós somos todos iguais... Só que nessas diversidades, as desigualdades não são reconhecidas, são dissolvidas”, refletiu Edimara Soares.
    A desigualdade, o preconceito, o racismo institucional são fenômenos perversos e que não são reconhecidos, dado o mito da democracia racial"
    Edimara Gonçalves Soares
    Para a professora, o título tem valor simbólico e concreto para o grupo que ela pertence. “O fato de escrever uma tese sobre a educação escolar quilombola, a partir de alguém que é quilombola, que é sujeito desta história, tem um significado singular de representação. Não é um estrangeiro dizendo como que é um quilombola, o que ele tem que fazer, como ele deveria ser. Não é o sujeito de fora narrando os nativos. É alguém de dentro do grupo que conta a sua própria trajetória e ao contar essa história, conta também a trajetória de muitos estudantes de muitas pessoas quilombolas”, explicou entusiasmada.
    Edimara acredita que a dificuldade que ela teve que enfrentar para ter acesso à escola é a mesma vivida pelas atuais crianças que vivem em quilombos. Ela lembrou que precisava acordar às 4h30, caminhava em torno de uma hora até o ponto onde pegava o ônibus.

    Ela contou ainda que, em casa, precisava colher bambu e fazer uma fogueira para iluminar livros e cadernos. “A gente não tinha luz elétrica, eu estudava com fogo de chão. Não podia ficar gastando vela ou querosene dos lampiões, porque a gente não tinha também dinheiro para comprar. Toda a trajetória de estudo é marcada por muita luta, muito sacrifício, por muita garra e determinação”. Ela confessou que nas Exatas não ia muito bem e por isso precisava estudar mais. Por outro lado, nas Humanas “era tranquilo”. Foi com a ajuda de uma família de Santa Maria que conseguiu completar o Ensino Médio e ingressar na universidade. 

    Edimara recordou que foi uma visita do colégio onde estudava à feira de cursos da UFSM que a fez decidir que queria entrar na universidade.  "No segundo ano do Ensino Médio eu tinha um norte. Queria entrar ali".
    Casa onde Edimara Soares nasceu e viveu até os 15 anos, no quilombo "sem nome" em Formigueiro (RS)  (Foto: Arquivo pessoal)Casa onde Edimara Soares nasceu e viveu até os 15 anos,
    no quilombo "sem nome" em Formigueiro (RS)
    (Foto: Arquivo pessoal)
    Depois de desenvolver uma tese de doutorado, Edimara lamenta ao perceber que os obstáculos são praticamente os mesmos. “A minha história, quanto estudante negra quilombola, é semelhante e, em certas situações, idêntica à história de muitas crianças quilombolas que estão em fase escolar”, afirmou.

    Segundo Edimara, as dificuldades são quase intransponíveis. “Às vezes não tem um número significativo [de alunos] para manter a escola, daí esta escola é fechada e essas crianças são enviadas para outro estabelecimento de ensino, distante da comunidade”, exemplificou. Para a professora, isso mostra que as nossas crianças quilombolas, até hoje, não tiveram ainda acesso a educação da forma que lhes é de direito. Ela pontuou ainda que normalmente essas crianças têm um período para estudar, porque chega um momento que deixam de ir ao colégio para trabalhar, para sobreviver.

    Ainda que o Paraná tenha sido pioneiro na aplicação de medidas específicas para este público, com o Departamento de Diversidade e o Núcleo de Educação das Relações Etnicorraciais e Afrodescendência (NEREA), ambos da Secretaria Estadual de Educação, a ação foi "inócua a despeito de todo o investimento e esforço que foi feito". 
    Este e outros acontecimentos da rotina escolar das comunidades quilombolas do estado foram abordados e analisados na tese de Edimara, sob orientação da professora doutora Tânia Maria Baibich.

    Isso significa, como explicou a professora, que não se atingiu plenamente os objetivos inerentes à lei federal de 2003 que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira. Havia também o intuito de que os professores articulassem os conhecimentos tradicionais das comunidades quilombolas com o currículo escolar. “Esse é o princípio fundante da educação escolar quilombola”, destacou.
    No estado, existem 42 escolas que atendem comunidades quilombolas, divididas em 11 municípios. Contudo, para que a lei fosse de fato cumprida, de acordo com Edimara, tópicos essenciais não foram considerados.

    “Faltou uma articulação, efetiva, com as universidades, com as instituições formadoras. Faltou uma parceria com as comunidades quilombolas e também houve uma ausência de ações pedagógicas, de maneira sistemática e permanente, com os professores, no interior destas escolas. As ações foram pontuais, não foram ações sistemáticas”, explicou.  Para ela também faltaram investimentos em infraestrutura e em aspectos administrativos, inclusive, recursos financeiros. “É a fartura da falta. Faltam muitas coisas na dimensão de infraestrutura”, complementou.
    Ninguém ensina, o que não sabe. (...) somos produtos de uma educação eurocêntrica, de um currículo monocultural,"
    Edimara Gonçalves Soares
    Edimara reforçou que a universidade não prepara os acadêmicos, futuros professores, para trabalhar questões etnicorraciais e de diversidade. A doutora é clara ao dizer que os docentes não podem ser culpados pela falha na aplicação da proposta da Secretaria de Educação.

    “Ninguém ensina, o que não sabe. Eles, nós não tivemos acesso a esses conhecimentos na formação inicial, enquanto professores, porque somos produtos de uma educação eurocêntrica, de um currículo monocultural, e não foram dadas as condições necessárias”.

    Para que se vislumbre um cenário mais adequado na educação quilombola, Edimara sugere a resolução das problemáticas identificadas e a necessidade de se reconhecer que existe o racismo. “Eu preciso reconhecer a existência deste fenômeno, criar mecanismo para combatê-lo, porque ele está presente de forma muito contundente nas escolas dentro das comunidades quilombolas e nas escolas fora”, assegurou. Ela cita ainda aumento de verbas para aquisição de material e para formação dos docentes.

    “Não é algo que vai ser de hoje para amanhã, demanda todo um esforço, uma vontade política e de investimento financeiro”, destacou.
    As ações afirmativas 
    Edimara se diz favorável à lei sancionada na quarta-feira (29) pela presidente Dilma Rousseff que determina o sistema de cotas sociais nas universidades federais. De acordo com a lei, metade das vagas oferecidas é de ampla concorrência, já a outra metade será reservada por critério de cor, rede de ensino e renda familiar. As universidades terão quatro anos para se adaptarem. Atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25 delas possuem reserva de vagas ou sistema de bonificação para estudantes negros, pardos e indígenas.

    Edimara acrescentou que esta desigualdade é histórica e acumulada, desde 1888 quando foi abolida a escravidão no Brasil. "A liberdade veio, porém, sem medidas para integrar a população negra, sem que possibilitasse acesso social e educacional", disse Edimara. Na avaliação dela, as cotas vêm para promover a igualdade de oportunidade. 
    “O fato de eu ser a primeira quilombola do país mostra o quanto nosso país precisa investir no combate às desigualdades sociais. Ainda existe um abismo, principalmente, nas questões relacionadas a educação, ainda que os governos estadual e federal venham investindo em políticas afirmativas e inclusivas”, afirmou.
    “O objetivo maior da política afirmativa é combater e, possivelmente, eliminar o lastro de desigualdades sociais. Se tu fores fazer uma radiografia das pessoas que hoje estão nos cursos de mais prestigio na universidade, como Medicina, Arquitetura, Engenharia, Direito, dificilmente tu vais encontrar, na mesma proporção, negros e brancos”, argumentou.
    Fonte: G1

    Comunidade homossexual protesta contra concessão de título de cidadão soteropolitano a Silas Malafaia


    por Mariele Góes
    Comunidade homossexual protesta contra concessão de título de cidadão soteropolitano a Silas Malafaia
    Foto: Reprodução
    A concessão do título de cidadão de Salvador ao pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, causou indignação à comunidade homossexual da capital baiana. A homenagem, concedida pela Câmara Municipal, foi proposta pelo vereador Heber Santana (PSC), membro da Igreja Batista Missionária da Independência e integrante da bancada evangélica no Legislativo da capital baiana, e está programada para o dia 27 de setembro. O Grupo Gay da Bahia (GGB), mais antiga entidade do gênero em atividade no país, posicionou-se contra a entrega do título ao evangélico, conhecido por sua postura homofóbica. “Não há justificativa para a concessão do título, considerando que o homenageado não prestou relevantes serviços para a sociedade baiana”, explicou Luiz Mott, presidente do GGB. A entidade iniciou, nas redes sociais, uma campanha para que a cidadania soteropolitana não seja concedida a Malafaia. Além da mobilização na internet, o GGB também pretende tomar medidas formais. “Vamos mandar um ofício para a presidência da Câmara dos Vereadores arguindo o não cumprimento das condições regimentais para a concessão do título”, explicou Mott. Segundo o regimento da Casa de Leis, o título deve ser entregue a quem nasceu fora de Salvador e prestou relevantes serviços ao município. Os militantes homossexuais argumentam que o pastor “não oferece currículo compatível com a homenagem”. Caso o pedido não seja atendido, o protesto deve se estender até à porta da Câmara. “Primeiro vamos tentar cancelar esse título por não ser merecido. Contudo, em último caso, vamos reunir toda a comunidade LGBT para protestar e demonstrar a nossa indignação”, afirmou o líder do GGB.

    Médico acusado de castrar homossexual

    Um médico australiano membro de uma seita religiosa foi acusado de castrar quimicamente um homossexual. O crime ocorreu em 2008 e, agora, o médico perdeu a licença para exercer medicina.

    foto LIONEL BALTEIRO/GLOBAL IMAGENS
    Médico acusado de castrar homossexual
    A vítima, cuja identidade não foi revelada, terá recorrido aos serviços do médico Mark Christopher James Craddock, 75 anos, para se "curar" da sua homossexualidade, segundo explicam os meios de comunicação locais.
    Um líder da exclusiva seita Brethren Christian, da qual a vítima e o médico também faziam parte, é que terá aconselhado os serviços de Craddock ao paciente, uma vez que este lhe poderia dar um medicamento que o ia curar.
    O jornal "Sydney Morning Herald" explica que, numa consulta que durou cerca de 10 minutos, Craddock receitou acetato de ciproterona ao paciente sem ter em conta o seu historial clínico e sem o submeter a um exame prévio.
    O acetato de ciproterona é utilizado para tratamento do cancro da próstata e em distúrbios graves nos homens. A redução da libido e impotência sexual são alguns dos efeitos secundários da utilização deste medicamento. Agora, o médico foi acusado de castrar quimicamente o seu paciente e proibido de exercer medicina.
    Craddock acabou por admitir perante as autoridades médicas, em junho, a veracidade destes factos e também afirmou que, além de não encaminhar a vítima para um psicólogo, não alertou o paciente para os efeitos secundários do medicamento.

    Fonte: JN

    sábado, 2 de junho de 2012

    Filme sobre homossexualidade com Glória Pires afasta patrocinadores

    Fonte: 180 graus


    Um diretor renomado que já teve filme até indicado ao Oscar. A protagonista é uma das atrizes mais disputadas do cinema nacional com uma carreira invejável por muitos. O roteiro tem como tema central a história de amor entre duas figuras importantes para a história do Rio de Janeiro e da literatura internacional. Com todos esses atributos é fácil imaginar que a produção do filme “Flores Raras”, dirigido por Bruno Barreto e com Glória Pires no elenco, não teria problemas para a captação de patrocínios.

    No entanto, o longa-metragem enfrenta fortes barreiras nesse sentido. “Não conseguimos um tostão de nenhuma empresa privada”, afirmou Bruno, durante coletiva de imprensa de apresentação do filme, nessa quinta-feira (31), no Hotel Pestana, na Zona Sul do Rio.

    Isso acontece porque o filme tem como tema central o relacionamento homossexual entre duas mulheres: Elizabeth Bishop (interpretada por Miranda Otto), poetiza americana que ganhou o prêmio Pulitzer, e Lota Macedo Soares (Glória Pires), arquiteta carioca dos anos 50 que idealizou e supervisionou a construção do Parque do Flamengo. O roteiro é baseado no livro “Flores Raras e Banalíssimas” de Carmem Lucia de Oliveira.

    “Quando apresentamos o projeto para as empresas, dizem que a história é linda. Mas na hora de dar a resposta, tiram o corpo fora alegando que não podem atrelar a imagem da empresa a esse assunto. Nunca esperei passar por isso em pleno século 21 e num país que se diz de mente aberta”, contou Paula Barreto, da LC Barreto Produções.

    O orçamento total do longa-metragem – que começa a ser rodado no dia 11 de junho – é de aproximadamente R$ 13 milhões, mas até o momento, só R$ 9 milhões foram captados através do do do BNDES, de instrumentos estatais, e da Globo Filmes, Telecine e Imagem Filmes. "É a primeira vez, em 50 anos da nossa produtora, que vamos começar a rodar um filme sem o orçamento fechado. Mas esse era o único período disponível para as atrizes gravarem. Espero que o Eike Batista, o messias do Rio, e outros investidores que olhem para nosso projeto”, disse ela.

    Elenco não quer levantar bandeiras

    O filme terá 98% das falas em inglês e vai se concentrar na história de amor das duas mulheres, que viveram um romance homossexual abertamente, na época da ditadura militar. “O filme conta a história de uma pessoa fraca e alcóolatra [Elizabeth], que vai ficando cada vez mais forte por saber lidar com as perdas, e de outra, Lota, que é forte mas vai ficando fraca por não saber lidar com isso. É uma história de amor única”, disse ele.
    "Elas se amaram e viveram juntas os momentos mais importantes de suas vidas. Bishop ganhou o Pulitzer quatro anos depois de estar com Lota. E Lota fez o parque do Flamengo, que é uma das melhores obras do mundo. Por muito tempo elas cresceram juntas, depois começaram a crescer em direções opostas".

    Para retratar melhor o drama, Glória Pires e Miranda Otto, conhecida por sua atuação em “Senhor dos Anéis”, ainda encenarão um beijo e uma cena de sexo, mas Barreto fez questão de salientar que será uma cena discreta, para não tirar o foco da trama. “ O tema central não é a preferência sexual delas. Tratamos o assunto com naturalidade e tomamos cuidado para não sermos pudicos. Existe uma cena de sexo, de quando elas fazem amor pela primeira vez, mas é para ilustrar a relação delas. O brasileiro se diz muito liberal, mas na verdade, somos conservadores”, afirmou.

    Mesmo não querendo levantar bandeiras, Glória espera que o filme abra a cabeça dos espectadores. “Todo preconceito vem da falta de conhecimento. Sempre que se coloca um assunto na roda, ele é debatido e isso é bom. Espero que o longa sirva para que essas pessoas vejam a temática de outra forma e não fiquem tão preocupados com a opção sexual de cada um”, afirmou.

    O elenco de "Flores Raras" ainda conta com a atriz norte-americana Tracy Middendorf, que atuou recentemente nas séries "Boardwalk Empire" e "The Mentalist". Tracy interpretará Mary, que vivia com Lota antes de Bishop aparecer na vida da arquiteta. A produção, que tem estreia prevista para 2013, será rodada no Rio de Janeiro, Pedro do Rio (Petrópolis), Nova York e Veneza.

    * Este artigo não representa necessariamente a opinião do site, sendo de inteira responsabilidade, assim como seu crédito total, do autor da matéria.

    Nanini sobre homossexualidade: “Não gosto de ter que colocar a estrela rosa”

    Fonte: IG

    Marco Nanini é o homenageado da 22ª edição do Cine Ceará, que começou nesta sexta-feira (1) e termina daqui uma semana. O ator esteve presente na abertura do festival e recebeu das mãos do diretor Luiz Carlos Barreto, em cerimônia realizada no Cine Theatro São Luiz, o troféu Eusélio Oliveira. Bem-humorado, Barreto disse que entregava a estatueta com desgosto. “Porque em 50 anos de produção nunca trabalhei com o Nanini”, afirmou o diretor. Nanini agradeceu e disse que se sentia honrado pela homenagem.

    Durante a coletiva de imprensa com o ator, que aconteceu pouco antes da cerimônia de abertura, Nanini foi questionado sobre o motivo pelo qual decidiu assumir sua homossexualidade publicamente (o ator fez a declaração em 2011) e foi taxativo: “Tive vontade. Foi a simplicidade que saiu (a declaração)”. E completou: “Também porque há uma questão de homofobia que vem crescendo e é perigosa. Que não precisa ter”.




    Foto: AgNewsMarco Nanini recebe o troféu Eusélio Oliveira no Cine Theatro São Luiz
    Apesar de ter falado sobre o assunto abertamente, o ator disse que prefere evitar rótulos. “Não gosto da história de você ter que colocar a estrela rosa. Acho isso cafona (risos). Você botar um crachá para dizer (que é homossexual). O que interessa se você é gay, gordo ou magro?”, ponderou ele, que disse ter evitado o tema até então por não ser seu “perfil”.

    “Havia sempre uma pressão de algum tipo de revista que precisa abordar esse assunto e eu não gosto de responder essa pergunta assim. Não é por nada, só não é do meu temperamento”, explicou. O ator reafirmou que o que o motivou foi a violência. “Achei que com esse momento de homofobia crescente eu precisava me colocar. Senti necessidade de me colocar. Era importante”, afirmou o ator.

    “Também o que que interessa o que um senhor de 64 anos faz embaixo das cobertas? (risos) Interessa que você não pode humilhar nenhuma criatura e nem bater com uma chave de fenda seja em quem for. Isso que é esquisito. Bater porque é isso ou aquilo. Discriminar porque é pobre, ou é burro, ou porque não tem cultura, ou porque tem”, finalizou.

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    sexta-feira, 1 de junho de 2012

    Estudante é preso por racismo e desacato a policial, no ES

    Fonte: Estadão
    Um estudante de Direito, de 29 anos foi preso na tarde da última quarta-feira, 31, por racismo e desacato contra agentes da polícia, na região de Vila Velha, no centro do Espírito Santo.
    De acordo com o delegado plantonista que registrou o caso, Robson Lemos Martins, o homem estava passando com seu cachorro na praia Itapoã pela areia, área que é proibida a passagens de animais.
    Segundo o delegado, dois guardas municipais seguidos de agentes guarda-vidas abordaram o estudante para pedir que ele se retirasse da areia com o cachorro. De acordo com informações dos guardas, o homem reagiu discutindo com eles e chegou a ofender um dos guarda-vidas, chamando-o de "macaco".
    Com a ofensa, pedestres que passavam pelo local teriam se revoltado e tentado linchar o homem que acabou sendo protegido pelos guardas municipais, afirma Martins. Os guardas chamaram a Polícia Militar que algemou o estudante, que protestava contra a prisão.
    Martins afirma que o estudante de 29 anos foi autuado por injúria racial e por desacato aos policiais militares. A pena por injúria racial varia entre 1 e 3 anos de prisão. O estudante passou a tarde da quarta-feira detido, quando ao fim do dia, de acordo com o delegado, seus familiares pagaram a fiança de R$ 5 mil.
    Martins afirma ainda, que no momento do pagamento da fiança, a mãe do estudante afirmou que o homem tem problemas psicológicos. De acordo com o depoimento da mulher, o filho estudava direito na Alemanha e teria trancado a matrícula dos estudos em função do distúrbio mental.
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    Pesquisa aponta traços de racismo na Literatura de Cordel

    Fonte: Geledes
    Trabalho está sendo realizado por uma aluna do curso especialização da Universidade Federal de Alagoas
    literatura-de-cordel-foto
    Uma pesquisa intitulada "Nordeste Brasileiro: A representação do Racismo à brasileira dentro da Literatura de cordel (1900-1950)" de uma aluna do curso especialização da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) revelou que nesse tipo de literatura, bastante popular no Nordeste, encontramos traços do racismo presentes no cotidiano.

    A aluna Cinthia Roberta Santos explicou que em seu trabalho ela queria refletir sobre as questões étnico-raciais que estiveram presentes no processo de construção da identidade cultural de homens e mulheres sertanejos no início do século XX. Para tal análise, traçou um dialogo entre história e literatura.

    Cinthia Santos ressalta que o objetivo do projeto é compreender como esse discurso racista, presente na cultura dominante, é absorvido pelo povo e, desta forma, alimenta um imaginário social no qual o indivíduo negro é visto como inferior. Por isso, a pesquisadora não quer apenas se deter sobre o problema, mas também avaliar as formas de superação. "Se por um lado, estaremos atentos à acomodação desse discurso racista às falas populares, ao seu imaginário, por outro, procuraremos pelas resistências, pelas formas imaginativas pelas quais essa população buscou enfrentar os problemas raciais", pontua Cinthia.

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    TJ decide a favor de casamento gay

    Fonte: Diário SP



    O Conselho Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu nesta quinta-feira a possibilidade de conversão da união estável homoafetiva em casamento.

    A decisão beneficia o casal formado por Charles Bulhões, 24, e Cauê Ricarte, 20, de Bauru. Os dois formam o primeiro casal da cidade a tentar a conversão, o que foi negado em primeira instância. Eles recorreram e ganharam.

    A decisão favorável foi unânime. “Temos mais uma importante vitória no duro caminho pelo reconhecimento da plena cidadania das minorias sexuais”, afirmou um dos advogados, Paulo Iotti. Charles e Cauê já comemoraram a união numa festa, ano passado. Eles precisaram enfrentar resistências iniciais ao namoro.

    Iotti é autor do livro “Manual da Homoafetividade. Da Possibilidade Jurídica do Casamento Civil, da União Estável e da Adoção por Casais Homoafetivos".

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    Lanterna Verde, novo herói gay, voa para fora do armário

    Fonte: Veja


    Reprodução da HQ "Earth 2", em que o Lanterna Verde reaparece como gay
    Reprodução da HQ "Earth 2", em que o Lanterna Verde reaparece como gay (AP)





















    Forte, destemido, dono de um anel considerado a arma mais poderosa da galáxia e gay. O Lanterna Verde é o mais novo herói a voar para fora do armário, revelou nesta sexta-feira a DC Comics. O personagem, que apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em 1940, vai reaparecer como gay no segundo número da HQ "Earth 2" (Terra 2). A revista será lançado nos Estados Unidos na próxima quarta-feira.

    A revelação virá junto com a reapresentação do super-herói em meio à "reinicialização" do universo ficcional DC no ano passado, quando a editora responsável pelas histórias do Super-Homem, Mulher-Maravilha, Batman e Robin, entre outros heróis, decidiu recomeçar a contar as aventuras de cada um deles do início, quando eram jovens.

    Tendência – Ao anunciar que o Lanterna Verde é gay, a DC confirma uma tendência que ganhou força recentemente nos quadrinhos e já está sendo chamada pela imprensa especializada americana de "explosão do orgulho arco-íris", em referência às cores da bandeira do movimento LGBT. Concorrente da DC, a Marvel Comics publicou na semana passada, na revista "Astonishing X-Men", um pedido de casamento do super-herói Northstar a seu namorado – a próxima edição da HQ mostrará o matrimônio dos dois heróis de mesmo sexo.

    Nem mesmo heróis ultrapopulares escaparam. Recentemente, o roteirista de HQ Grant Morrison afirmou que o Batman é gay. "Não estou usando o termo gay de modo pejorativo, mas a verdade é que Batman é muito, muito gay", disse à Playboy americana.

    A onda de heróis de quadrinhos saindo do armário ocorre exatamente depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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    Posição de Obama sobre casamento gay influi na opinião pública

    Fonte: Linha Aberta

    A declaração de apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao casamento homossexual pode ter levado alguns norte-americanos, especialmente negros e hispânicos, a reconsiderar sua oposição a isso, como revela uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira.

    Em 9 de maio, Obama se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a se posicionar favoravelmente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Democratas, ativistas e outros viram nisso um marco nos direitos civis do país, enquanto líderes republicanos e conservadores cristãos criticaram Obama por inserir um tema tão polêmico na campanha eleitoral deste ano.

    A pesquisa pergunta aos entrevistados se eles são contra o casamento homossexual, se apoiam uniões civis homossexuais, se apoiam o casamento homossexual ou se não têm opinião formada.

    A manifestação de Obama parece ter tido impacto particularmente entre os afroamericanos. Antes de 9 de maio, 34 por cento dos negros se opunham ao casamento homossexual. Agora, só 23 por cento são contra.
    Nesse grupo, o apoio às uniões civis subiu de 19 para 28 por cento, mas o apoio ao casamento homossexual propriamente dito caiu de 31 para 29 por cento. O número de indecisos subiu de 16 para 21 por cento.
    "Os norte-americanos negros são um eleitorado crucial para o presidente com vistas a novembro, e essa mudança de atitudes é uma boa notícia para Obama. Se ele conseguir liderar e formar a opinião, ao invés de apenas reagir a ela, poderá governar mais efetivamente caso obtenha um segundo mandato", disse Julia Clark, do instituto Ipsos.

    Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

    Entre os hispânicos, maior minoria dos Estados Unidos, potencialmente decisiva em alguns Estados eleitoralmente estratégicos, o apoio ao casamento gay saltou de 46 para 51 por cento depois da fala de Obama. A oposição hispânica à prática caiu de 23 para 20 por cento.

    Entre os brancos, a oposição ao casamento gay caiu apenas dois pontos percentuais, de 27 para 25 por cento, e o apoio cresceu na mesma medida, de 39 para 41 por cento.

    A análise dos dados gerais da população, combinando os três grupos étnicos, não estava imediatamente disponível.

    Os dados foram recolhidos pela Internet, numa pesquisa feita diariamente pela Ipsos para a Reuters. Eles levam em conta todas as entrevistas feitas desde janeiro de 2012. A pergunta sobre o apoio ao casamento homossexual consta desde o início da série.


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    EXCLUSIVO: polêmica campanha faz votação para identificar homossexual apenas pela aparência

    Fonte: Mundoidão
    Uma campanha polêmica está convidando os participantes a votarem para tentar descobrir quem dentre cinco rapazes é homossexual. Isso apenas pela imagem dos candidatos, sem qualquer informação sobre a vida dos mesmos. A eleição ocorre no Facebook, e um vídeo no YouTube mostra imagens dos moços (veja abaixo).
    A ação é chamada de "Tu não me engana", e foi produzida no Rio Grande do Sul. Em contradição com o título da campanha, o slogan lembra que "as aparências às vezes enganam".
    Conforme um dos responsáveis, que pediu para não ter o nome divulgado, o objetivo é justamente reforçar que não deve haver um estereótipo do homossexual. Pelo contrário, qualquer um dos cinco atores pode ser gay, independentemente de cor, idade ou classe social.
    Os atores, segundo essa fonte, estão sofrendo preconceito pela participação no vídeo. Ele garante que um deles é realmente homossexual, mas a resposta não importa na campanha - e sim reforçar a necessidade de não rotular as pessoas.
    É mais ou menos alterar um pouquinho aquele ditado clássico e dizer que "quem vê cara, não vê (sic) opção (sexual)".

    * Este artigo não representa necessariamente a opinião do site, sendo de inteira responsabilidade, assim como seu crédito total, de quem o escreveu.

    Glória Pires sobre papel homossexual: "Espero que as pessoas tenham curiosidade"

    Fonte: QUEM

    QUEM ONLINE; FOTOS CLAUDIO ANDRADE / REVISTA QUEM
      Claudio Andrade/Revista QUEM

    Glória abriu a coletiva contando que havia recebido o convite para fazer este filme há 17 anos atrás por Lucy Barreto. "Enfim chegou. Eu estava aguardando muito este momento e eu acho que hoje eu estou muito mais preparada. Nesta espera eu fui treinando meu inglês, fui me aperfeiçoando", afirmou. A atriz ainda fala sobre a importância do papel. "A Lota é uma personagem muito importante porque teve uma participação na vida do Rio de Janeiro. Ela é forte, ela é culta, ela é inovadora e estava a frente do seu tempo".

    Relação homossexual 

    O filme vai mostrar a relação homossexual que a personagem de Glória teve com a escritora Elizabeth Bishop, que será intepretada por Otto. Glória também comentou um pouco sobre o assunto. "Homossexualidade é um grande atrativo. Eu espero que as pessoas tenham a curiosidade, mesmo que aqui não esteja se discutindo isso, e sim o que foi a obra dela", disse sobre a importância de falar naturalmente sobre o tema.

    Quando questionada sobre como faria para não existir preconceito com o tema, já que ela é uma pessoa que tem uma marca muito forte no público e nas famílias, a atriz deu sua opinião. "Acho que preconceito é falta de conhecimento. Quando você coloca um assunto na roda, numa novela, num filme, isso se torna um debate e de alguma forma faz com que as pessoas estejam ligadas a esse assunto. Espero que elas não se preocupem com a orientação sexual dos outros", completou.

    Bruno Barreto, diretor do longa, também comentou o assunto e revelou que filmará a primeira cena de amor delas. "O foco não é a preferência sexual delas e sim o amor, como elas lidam com a perna. Foi muito importante saber lidar com isso para não ser pudico e não estar fora do assunto, porque foi uma realidade", disse sobre a relação das personagens. "É um amor natural, não tem porque ser escondido. É um amor sem pudor e a gente quis atrizes maduras justamente para lidar com isso de uma forma muito natural, pois esse não é o foco", acrescentou.
    Família de artistas
    Gloria também falou um pouco sobre o fato de seus filhos seguirem a carreira artística. "Eu nunca incentivei, nem nunca desanimei eles. Fazer novela é para profissional, as crianças que fazem novela são heroínas. É uma loucura e sobra pouco tempo para estudar. Lá em casa tudo foi acontecendo. A Antônia desde pequena tem uma visão cênica muito forte. Ela, dirigia e organizava cenário o tempo todo em casa", disse sobre a filha do meio. "A Ana, durante a gravação de "As Brasileiras", teve um coach acompanhando ela durante duas semanas e ela não me deixava ler. Ela treinou um pouco com o pai", contou sobre a menina de 11 anos. "E o Bento já disse que quer ser cantor e mágico, mas por enquanto ele só é super herói", brincou sobre o caçula de toda a família.

    A atriz disse que passou por um momento especial recentemente, onde por acaso ela, Ana e Cleo Pires trocaram de figurinos juntas, mas para projetos diferentes. "Foi um momento muito especial para nós três", disse. Ela também revelou estar muito animada para ver o remake de "O Tempo e o Vento" feito por Cleo. "Eu fiquei muito feliz e chocada e em saber que ela ia fazer um papel que foi meu ha vinte anos atrás. Estou muito ansiosa para assistir", completou. 


    Claudio Andrade

    Claudio Andrade

    Claudio Andrade

    * Este artigo não representa necessariamente a opinião do site, sendo de inteira responsabilidade, assim como seu crédito total, de quem o escreveu.

    Estudo revela aumento do assassinato de homossexuais nos EUA

    Fonte: Veja


    O número de assassinatos de membros da comunidade homossexual, lésbica, bissexual, e transexual (LGBT) nos EUA, aumentou para 30 vítimas durante o último ano, número mais alto já registrado no país, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira.

    O aumento de assassinatos contrasta com a queda dos incidentes violentos motivados por preconceito, segundo a pesquisa publicada pela National Coalition of Anti-Violence Programs. O relatório avaliou os dados recolhidos em 16 estados, sobre os casos de ódio direcionados a comunidade LGBT e de pessoas afetadas pelo vírus da Aids.

    No entanto, Em Nova York, aconteceu um novo aumento de incidentes violentos motivados pela homofobia (terceira vez consecutiva), totalizando uma subida de 13% de acordo com o estudo.

    Entre 2009 e 2010, o aumento registrado em NY foi de 11%, de acordo com Sharon Stapel, diretora-executiva da organização. Stapel afirmou que os números em Nova York 'não podem ser ignorados' e que é preciso trabalhar em conjunto para pôr fim a violência.

    O relatório indica também que, da mesma forma que nos estudos anteriores, os transexuais e as minorias foram, de forma desproporcional, os mais afetados pela indiferença, atitudes hostis, má conduta e violência da Polícia de Nova York.

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    História do 1º partido homossexual da Argentina vira documentário

    Fonte: Terra



    A atividade militante e o crescimento dos "Putos Peronistas", o primeiro partido político homossexual da Argentina, chegou nesta quinta-feira aos cinemas do país com um documentário que busca quebrar preconceitos e apresentar um outro olhar dos grupos menosprezados.

    O filme "Putos Peronistas, Cumbia del Sentimento" aborda os fatos políticos mais ressonantes da Argentina nos últimos quatro anos sob a perspectiva peculiar desse movimento, que nasceu em 2007 na cidade de La Matanza e se estendeu por outras regiões argentinas.

    Em um país onde o peronismo governante se divide em várias facções, mas sabe manter seu papel na cena política, este movimento crescente aparece como uma consequência dos direitos que os homossexuais conseguiram nos últimos anos, entre eles a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovada em 2010.

    "O documentário é uma espécie de reality, já que não tem formato de entrevistas e acompanha as atividades do grupo em todas as atividades realizadas nos últimos quatro anos", explica à Agência Efe o diretor do longa-metragem, Rodolfo Cesatti.

    O filme conta com a participação dos próprios integrantes da organização política próxima ao governo argentino nos debates pela lei de audiovisual, aprovada em outubro de 2010, nos atos a favor das normas que habilitaram o casamento entre homossexuais e na mudança de gênero na certidão de identidade, validada neste mês pelo Parlamento.

    A participação do grupo nas passeatas do orgulho gay e no funeral do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) - falecido marido e antecessor da atual governante argentina, a peronista Cristina Kirchner - aparecem como pontos altos do filme.

    Tendo as atividades como foco principal, o longa aborda ainda o "trabalho territorial" do movimento, que visita periodicamente os "trabalhadores sexuais" em diferentes bairros. "Nestas visitas, o grupo fornece preservativos e conversam sobre a prevenção de doenças como a Aids", destaca Cesatti.

    "Muitas vezes, a única alternativa trabalhista para travestis e transexuais é a prostituição, na qual são marginalizados e agredidos. Por isso, nós reivindicamos politicamente um trabalho decente", ressalta a secretária-geral do partido em Buenos Aires, a travesti Diana Lavalle.

    "Empregos dignos ajudariam a acabar com a discriminação, os problemas de acesso à educação e, inclusive, os de moradia que essas pessoas sofrem", opina a ativista.

    O documentário também reflete casos de militantes do movimento que alcançaram um trabalho digno, como ocorreu com Iara, uma travesti que já foi prostituta e atualmente trabalha no Ministério da Justiça argentino.
    O longa-metragem, de 92 minutos, "propõe um íntimo acompanhamento da vida dos integrantes do grupo, de sua forma particular de difusão e sua militância por trás de sua convicção em direção ao peronismo", detalha um comunicado sobre a obra, que trata da dupla marginalização sofrida pelos membros do partido, tanto por serem homossexuais quanto por serem pobres.

    "Putos Peronistas, integrado por gays, travestis e transexuais, também busca uma reivindicação dos direitos de classes, levando em conta suas origens em La Matanza, um dos distritos mais pobres de Buenos Aires", ressalta Cesatti.

    "A ideia é mostrar outra perspectiva da diversidade dos setores mais desprezados", indica a secretária-geral da organização, que se estendeu a várias regiões das províncias de Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba, Santiago del Estero e Neuquén.

    "Os protagonistas são gays, mas não é um filme somente para homossexuais. Trata-se de uma produção sobre militância, que espera mostrar os Putos Peronistas como seres politicamente pensantes e ativos, além da sexualidade", complementa Cesatti.

    * Este artigo não representa necessariamente a opinião do site, sendo de inteira responsabilidade, assim como seu crédito total, de quem o escreveu.

    Ela e eu


    Aqui vai uma homenagem... Na verdade, uma declaração de amor - linda, por sinal -, de Juliana Sales para a nossa amiga Pati.

    Segue a carta, na íntegra:


    "Ela é minha amiga, aquela que eu sei que posso contar os segredos e os meus mais loucos pensamentos e não vai me achar idiota, ela é aquela pessoa na qual eu posso confiar.

    Ela é meu porto-seguro, aquela que me protege, que faz eu me sentir segura apenas com a frase: “ Eu estou sempre aqui”, que me dá atenção e que só quer me ver feliz.

    Ela é o meu amor, aquela que fez tudo mudar dentro de mim, aquela que me deixa nervosa com cada palavra que diz, que me deixa vibrada, apaixonada e que eu tenho certeza que um dia vai me enlouquecer por pensar tanto nela.

    Ela é o meu sol, aquela que quando aparece faz o meu dia ficar perfeito.

    Ela é aquela pessoa especial na qual eu sei que posso contar, porque, mesmo de uma forma tão louca, ela tá sempre comigo, mesmo que seja por pensamentos é muito bom ter sua presença.

    Ela é aquela pessoa que a cada dia que passa me faz ficar mais apaixonada, apenas com o seu jeito de ser: Meio louca, Meio ciumenta, Meio mandona, Meio engraçada e às vezes ela é meio idiota também, mas e daí??? Sou eu que aguento! Pra mim Ela é perfeita e eu não mudaria por nada!!!

    Ela é também muito insegura, mas ela sabe que sempre pode contar comigo pra lhe dizer que é linda e ela também sabe que é única, porque não sei o que ela fez comigo! Essa Menina tomou conta do meu pensamento de uma tal forma que nem dá tempo de pensar nas outras.

    Só nela.

    Pois é, então, já estou sem coisa pra falar sobre ela e eu posso falar umas mil frases aqui, mas nenhuma vai ser tão forte quanto essa:

    # Pati, Eu Te Amo

    Pois é, tanto coração nesse mundo e o meu foi escolher bater logo pela a doida da Pati.

    Pati, pra mim você consegue ser tudo isso e ainda um pouco mais...

    Meu amow, você sabe que a nossa situação não é lá as das mais agradáveis, você pode até ter tido namoradas melhores, mas, por favor, não esquece que eu te amo, eu sei que um dia as coisas vão melhorar pra gente e a sorte vai virar pro nosso lado e pode ter certeza que aqueles sonhos que a gente imaginou ainda vão se realizar, porque sonhos foram feitos pra ser realizados.

    Meu anjo, como já te disse só a vida e o tempo vão nos dizer se é pra gente ficar juntas ou não.

    Pati, e Eu também sei que o que é Nosso está guardado em mim e em Você e Nada, Nem ninguém,
    pode tocar.

    Nem a distância, Nem nossa idade.

    Nem minha Família, Nem tua Família.

    Nem a Sociedade ou qualquer hipócrita que Seja.

    Você sabe que há várias barreiras nessa história, mas o nosso Amor vai superar, eu tenho certeza.

    Porque Isso, o que a gente sente no peito,

    É nosso e ninguém pode destruir.

    #Pati, Eu te Amo


    Ass.: Juh"

    sábado, 12 de maio de 2012

    Mitt Romney voltar a opor-se ao casamento entre homossexuais

    Fonte: A bola


    Se Barack Obama disse, recentemente, ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, Mitt Romney, o mais sério candidato a representar o Partido Republicano nas eleições de novembro, recusa liminarmente a ideia.

    «O casamento deve ser a união entre um homem e uma mulher. Esta é a pedra angular dos princípios que sustentam a nossa cultura», disse. Já antes Romney tinha dito ser contra o casamento homossexual.

    Recorde-se que o seu partido é maioritariamente conservador, e, de forma geral, critica a homossexualidade, pelo apoiar esta causa poderia custar muitos votos a Romney.


    * A matéria em questão é de inteira responsabilidade dos seus criadores, assim como seu crédito total.

    Raul Castro apoia união homossexual, afirma sua filha

    Fonte: Terra


    A filha do presidente cubano Raul Castro, a sexóloga Mariela Castro, disse neste sábado que o pai apoia os direitos dos homossexuais, incluindo a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo. Mariela lidera na ilha uma cruzada contra a homofobia.

    "Ele fez algumas defesas quanto à necessidade de avançar nos direitos relacionados à orientação sexual e à identidade de gênero", afirmou, ao responder sobre se seu pai apoiava sua campanha para que o Parlamento legalize as uniões de pessoas do mesmo sexo.

    A sexóloga, que dirige o Centro Nacional de Educação Sexual, ressaltou que Raul Castro se "manifestou sobre o assunto em várias ocasiões", inclusive no congresso do Partido Comunista, em abril de 2011, e no Parlamento, além de outras pequenas reuniões.

    "O presidente de Cuba (...) tem falado sobre o tema, mas ele não tornou isso público, certamente faz parte de sua tática e estratégia", acrescentou Mariela, depois de liderar uma conga em massa (dança popular cubana de origem africana) contra a homofobia nas ruas de Havana. "Ele mesmo disse que, como socialismo, não podemos progredir se continuarmos a viver com esses preconceitos", relatou.

    Na terça-feira, durante a abertura da Quinta Jornada Cubana contra a Homofobia, que acontecerá até o final do mês, Mariela Castro disse esperar que neste ano o Parlamento aprove a legalização de casamentos homossexuais.

    A proposta não abrange o casamento, somente as uniões consensuais amparadas pela legislação. A homossexualidade, tradicionalmente estigmatizada em Cuba, foi reprimida após o triunfo da revolução de Fidel Castro em 1959, com internamentos em campos de trabalho e marginalização, principalmente nas décadas de 1960 e 1970. Raul Castro substituiu em 2006 seu irmão, Fidel.

    Em janeiro, a primeira Conferência Nacional do Partido Comunista concordou em acabar com toda forma de discriminação, incluindo contra a orientação sexual.

    * A matéria em questão é de inteira responsabilidade dos seus criadores, assim como seu crédito total.

    sábado, 28 de abril de 2012

    Episódio de "As Brasileiras" onde se retrata a homofobia: "A Reacionária do Pantanal"

    Episódio completo.

    sexta-feira, 27 de abril de 2012

    STF decide por unanimidade que sistema de cotas é constitucional

    Fonte: Folha

    O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira por unanimidade que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, iniciou seu voto --o último dos ministros-- por volta das 19h30, antecipando que acompanha o voto do relator Ricardo Lewandowski.

    O julgamento, que terminou por volta das 20h, tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.

    Ayres Britto disse durante o voto que os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte e é isto que está sendo feito.

    Em um voto de quase duas horas, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou ontem (25) que o sistema de cotas em universidades cria um tratamento desigual com o objetivo de promover, no futuro, a igualdade.

    Para ele, a UnB cumpre os requisitos, pois definiu, em 2004, quando o sistema foi implantado, que ele seria revisto em dez anos. "A política de ação afirmativa deve durar o tempo necessário para corrigir as distorções."

    Luiz Fux foi o segundo voto a favor das cotas raciais. Segundo Fux, não se trata de discriminação reservar algumas vagas para determinado grupo de pessoas. "É uma classificação racial benigna, que não se compara com a discriminação, pois visa fins sociais louváveis", disse.

    A ministra Rosa Weber também seguiu o voto do relator. Para ela, o sistema de cotas visa dar aos negros o acesso à universidade brasileira e, assim, equilibrar as oportunidades sociais.

    O quarto voto favorável foi da Ministra Cármen Lúcia, que citou duas histórias pessoais sobre marcas deixadas pela desigualdade na infância.

    Em seu voto, o ministro Joaquim Barbosa citou julgamento da Suprema Corte americana que validou o sistema de cotas para negros nos Estados Unidos, ao dizer que o principal argumento que levou àquela decisão foi o seguinte: "Os EUA eram e continuam a ser um país líder no mundo livre, mas seria insustentável manter-se como livre, mantendo uma situação interna como aquela".

    Peluso criticou argumentos de que a reserva de vagas fere o princípio da meritocracia. "O mérito é sim um critério justo, mas é justo apenas em relação aos candidatos que tiveram oportunidades idênticas ou pelos menos assemelhadas", disse. "O que as pessoas são e o que elas fazem dependem das oportunidades e das experiências que ela teve para se constituir como pessoa."

    O ministro Gilmar Mendes também votou pela constitucionalidade das cotas em universidades, mas fez críticas ao modelo adotado pela UnB. Ele argumentou que tal sistema, que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos, pode gerar "distorções e perversões".

    Celso de Mello disse, durante seu voto, que ações afirmativas estão em conformidade com Constituição e com Declarações Internacionais subscritas pelo Brasil.

    Marco Aurélio Mello também seguiu o relator e votou pela constitucionalidade do sistema de cotas. Dias Toffoli não participou do julgamento por ter dado um parecer no processo quando era da Advocacia-Geral da União.


    * A matéria em questão é de inteira responsabilidade dos seus criadores, assim como seu crédito total.

    quinta-feira, 26 de abril de 2012

    Tirinhas de filmes que contém relacionamentos homoafetivos

    Reuni algumas "tirinhas" de filmes que eu fiz... Alguns filmes que eu gostei muito. Clique nas imagens para ampliá-las.

    Amando Annabelle (Loving Annabelle)

    Assunto de Meninas (Lost and Delirious)

    O Preço Da Traição (Chloe)

    Falsas Aparências (Fingersmith)

    Infâmia (The Children's Hour)

    Todas As Cores Do Amor (Goldfish Memory)

    Cadê Os Homens? (Without a Men)

    quarta-feira, 25 de abril de 2012

    O campeão da UFC, Anderson Silva, diz que é afeminado


    Anderson Silva, em foto de 2011
    o lutador é contratado da empresa de Ronaldo

    Quando as pessoas que gostam de luta vêem aqueles corpos musculosos, caras de animais prontos para luta na arena e um bate, rebate que gera cansaço, suor e sangue, não imaginam que um daqueles lutadores possa ser afeminado, gay, homossexual. Quando são mulheres musculosas no ringue, com as mesmas caras de feras prontas a atacar, ao contrário, as pessoas já pensam: só podem ser lésbicas.

    Preconceito difícil de ser eliminado de uma sociedade conservadora. Mas o fato de um homem ser homossexual ou afeminado não quer dizer que ele seja frágil. Nem o fato de ser mulher quer dizer que seja frágil e delicada. Há homossexuais em todas as esferas do desporto. Masculino e feminino. Mas reconheçamos que mudar um conceito é muito difícil.

    Mas quando o próprio atleta confessa sua sexualidade, aí sim, as pessoas acreditam, embora fiquem srupresas com a "descoberta". É o caso recente do lutador Anderson Silva, que diz, em seu livro auto-biográfico, que é afeminado e gosta de ficar cheiroso. Muito bem. Ele não disse que é homossexual. Talvez nem seja. Mas vai motivar muita gente a pensar e dizer que é. Nada muda, porém, o que já é uma boa coisa.

    Copiei matéria de hoje da Folha de São Paulo sobre o lutador e o lançamento do livro "Anderson Spider Silva", do jornalista Eduardo Ohata, daqui a pouco, numa livraria da BArra da Tijuca, no Rio. Leiam: 

    Uma das principais revelações da autobiografia do campeão do UFC Anderson Silva é o motivo de ele ser careca. Enquanto muitos pensam que ele raspa os cabelos para compor um personagem e assim atemorizar os adversários no octógono, o lutador explica que o visual tem a ver com um episódio ligado à vaidade. 

    "Sou um cara vaidoso. Meu cabelo, por exemplo, caiu quando passei Alisabel. Queria alisá-lo e ele começou a cair. Meu visual careca não tem nada a ver com as lutas. Tem gente que acha que raspo o cabelo para atemorizar os adversários. A verdade sobre meus cabelos é que eles caíram nocauteados pelo Alisabel!" 

    E, em um universo machista como é o caso das lutas, Anderson faz uma declaração ousada, quando diz que "sou meio afeminado". "Não falo do timbre de voz. Ele sempre foi horrível, de taquara rachada. O que digo é que todo homem é meio "afeminado", e eu sou mais que os outros. Passo creminho Victoria Secret, uso perfume, máscara antes de dormir." 




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