sexta-feira, 20 de abril de 2012

Todos por todos.

Fiz essa poesia simples agora à noite... Ela mostra a visão de alguém preconceituoso em todos os sentidos, que acredita que a vontade da maioria deve prevalecer, mesmo que a minoria seja desrespeitada. É uma poesia irônica, obviamente. Quis mostrar que todos devem lutar por todos, e não só pelo preconceito que se sofre, particularmente.


Todos por todos.


Cale-se, não pode reclamar,
Sendo como é, só nós que podemos mandar.
Curve-se a nós, à nossa sociedade
Viva de acordo com as regras, não existe isso de "maldade".


Minoria tem que respeitar
A maioria, que vai lhe humilhar
Porque aqui negro e gay não tem vez
E sequer sentimos pena de vocês.


Levante-se, obedeça, estamos mandando
Nossos casais serão vistos se beijando
Somos normais e só queremos paz
Queremos um mundo de regras iguais.


Só homem e mulher podem amar
Só brancos podem se beneficiar 
Do respeito que o negro perdeu
Porque o racista a constituição não leu.


Sem essa de igualdade, apenas para nós
Não adianta "chiar", negro e gay não têm voz
Sendo mulher, então, rebaixada será
Porque o homem hétero e branco vai poder lhe menosprezar.


E as donzelas em seus saltos irão concordar
Que o machismo no mundo deve prosperar
Homofobia é balela, não existe isso, não
Ser gay é errado, é só nossa opinião.


Se maltratamos ou matamos, é o que deve ser feito
Porque pra ser respeitado, pra se ter direito
No Brasil tem que ser homem, hétero e branco
Os demais obedecem, calem-se, sem pranto.


E quem for negro e hétero, o gay poderá humilhar
E o gay que for branco, no negro poderá pisar
Essa é a regra do país, você deve aceitar
Pra que algo aqui mude, todos devem lutar.


Todos... e por todos.

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